Novas drogas não impedem avanço da aids

Os avanços da medicina e o surgimento de novas drogas no combate à aids muitas vezes dão a falsa impressão de que o HIV está sob controle e já não representa mais grandes riscos à população mundial. Porém, o vírus continua a se disseminar, aumentando a quantidade de casos da doença.

Segundo dados do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/aids (Unaids), cerca de 39,5 milhões de pessoas conviviam com o HIV em 2006, sendo que 4,3 milhões foram infectadas naquele ano e 2,3 milhões tinham menos de quinze anos de idade. No Brasil, existem cerca de 620 mil pessoas contaminadas pelo vírus da aids. No Paraná, são registrados cerca de 1.500 casos por ano.

?Na década de oitenta, quando a aids surgiu, as pessoas ficaram muito assustadas, pois ligavam a doença à morte imediata. Hoje, com a existência de diversos medicamentos, muita gente confunde o tratamento da doença com cura e deixa de se prevenir. Uma das conseqüências disso é que, no Brasil, a aids vem crescendo principalmente entre mulheres de 13 a 49 anos e representantes de classes sociais mais baixas?, diz o coordenador-geral do Fórum Paranaense de ONGS (organizações não-governamentais) aids, Paulo Nascimento, que ontem participou de um encontro sobre o assunto, em Curitiba.

Segundo o conselheiro nacional de Saúde, José Marcos de Oliveira, apesar de todos os avanços da medicina, as pessoas que vivem com o HIV ainda enfrentam uma série de dificuldades. Entre elas estão os efeitos colaterais dos medicamentos utilizados (como lipodistrofia e lipodistrofia facial), a discriminação e o preconceito existente devido à falta de informação da sociedade.

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