Não mexe no meu salário!

Na bronca com governador Ratinho Jr, professores protestam no Centro Cívico

Professores foram em caminhada da Praça 19 de Dezembro até o Palácio Iguaçu em protesto. Foto: André Rodrigues / Tribuna do Paraná

Após decidir pela greve em assembleia no dia 22 de novembro, professores e funcionários da rede estadual de ensino protestam nesta terça-feira (3) em Curitiba. Em ato convocado pela APP-Sindicato, que representa a categoria, centenas de manifestantes protestaram em frente ao Palácio Iguaçu, no Centro Cívico, após  caminhada iniciada na Praça 19 de Dezembro. À tarde, a partir das 16h, uma nova assembleia será realizada para definir os próximos passos da paralisação.

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Em nota, a Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (Seed) informa que na manhã deste terça 61 escolas estaduais do Paraná aderiram totalmente à greve – o equivalente a 2,8% do total de 2.143 escolas da rede. Já a adesão parcial foi em 344 escolas estaduais, um total de 16%. A adesão parcial considera a ausência de professores e demais servidores administrativos e não significa que os alunos ficaram sem aula. A orientação da Secretaria para os pais é de que levem seus filhos para a escola.

Alíquotas

O protesto é principalmente contra as mudanças propostas pelo governador Ratinho Jr em relação à previdência dos servidores, dentro da PEC 16, que propõe aumento da alíquota dos salários de 11% para 14%. “É um projeto de lei que reduz drasticamente os direitos dos trabalhadores e atinge inclusive os aposentados. Consideramos esta PEC ainda mais grave que a medida provisória aprovada em Brasília”, declarou o presidente da APP-Sindicato Hermes Leão à Tribuna semana passada, referindos-se à mudança da aposentadoria aprovada pelo Congresso.

Remanejamento de vagas noturnas também foi alfo de protesto dos professores. Foto: André Rodrigues / Tribuna do Paraná

O governo do estado encaminhou nota ao sindicato  afirmando que a nova previdência do servidor públido do Paraná segue a legislação aprovada no Congresso Nacional.

Vagas noturnas

Outro ponto que preocupa a categoria é relativa ao ensino médio diurno. A Secretaria Estadual de Educação (Seed)  pretende remanejar vagas ociosas do ensino médio da noite sob a alegação de que vem registrando redução no número de matrículas e altos índices de abandono dos alunos. Com isso, a ideia é ampliar em mais 20 mil o número de vagas do Ensino Médio no período diurno já no ano letivo de 2020.