MST deve sair de Curitiba na sexta-feira

A quinta-feira (8) foi de "bate-papos" entre os líderes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e integrantes de diversas entidades ambientais.

O Grupo chegou a Curitiba na última segunda-feira (5) onde permaneceram acampados em frente à sede do Incra na capital paranaense. Ontem à tarde depois de uma reunião interna, o grupo decidiu deixar a sede do Incra.

Nesta quinta o grupo se dividiu para poder ir ao Instituto Ambiental do Paraná (IAP), à Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sema) e para o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Nesses encontros o MST buscava resolver o impasse que gira em torno do Assentamento Celso Furtado, em Quedas do Iguaçu, no oeste do Estado.

Na reunião com o diretor-presidente do IAP, Vitor Hugo Ribeiro Burko, os integrantes do MST apresentaram algumas reivindicações do grupo. Segundo Burko o que foi discutido foi sobre a criação de uma força-tarefa (Grupo) que deverá agilizar as negociações.

Representantes do Movimento afirmaram que está prevista uma reunião na sexta-feira (9) com membros do Incra, IAP, Sema e IBAMA. Acredita-se que depois disso os trabalhadores rurais devam retornar ao assentamento Celso Furtado. Foi o que disse o  integrante da coordenação local do MST, Claudelei Torrente Lima, à reportagem do Jornal O Estado do Paraná.

?Na sexta voltamos ao auditório do Incra para uma nova audiência. Aí vamos avaliar se voltamos para o assentamento ou se ficamos em Curitiba. Mas acredito que devemos voltar?.

O MST que já se retirou da frente do INCRA, passará a noite em uma área cedida no Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Paraná (Sindijus-PR).

Dentre as exigências, os sem-terra cobram a instalação de rede elétrica no assentamento, algo que segundo a Copel afirma ser necessário desmatar uma área de reflorestamento, necessitando de autorização do IAP.

Sobre a extração de matas de pinus o grupo diz que precisa de uma licença do IAP. No entanto, o presidente do Instituto Ambiental do Paraná afirma que essa é uma questão de "Direito Civil" e não diz respeito ao IAP.

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