Motofretistas chegam a fazer três turnos por renda extra

Além de um meio de transporte, a moto também é o ganho de vida de mais de um milhão de brasileiros. Só na capital, hoje trabalham cerca de 12 mil motofretistas, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores Condutores de Motocicletas de Curitiba.

Entre eles está Pedro Rodrigues de Almeida Neto, 29 anos, que está na função de motofretista há mais de seis anos. Atualmente ele trabalha cerca de nove horas por dia numa empresa de frete, mas chegou a fazer três turnos. “Hoje estou trabalhando apenas durante o dia, mas também já fiz entrega à noite e é complicado, muito estressante. Parei mesmo porque a família insistiu e eu também já estava cansado dos três turnos”, afirma.

Já Robson Xavier, 51, tem o motofrete como uma maneira de complementar o orçamento mensal. Funcionário público, ele ainda trabalha cerca de quatro horas por dia como motofretista. “É cansativo, mas é preciso ganhar um dinheiro a mais. É perigoso, mas é um bico que vale a pena”, ressalta.

Regulamentação

Desde 2009, o Decreto 742/08, que regulamenta a Lei Municipal 11.738/06, regulariza o serviço de motofrete na capital e exige um cadastramento dos motofretistas, que é realizado pela Urbs. Porém, pouco mais de dois anos depois, a procura pelo cadastro é baixo e segundo o órgão, apenas 2.900 profissionais optaram por deixar suas situações regularizadas.