Melhora a balneabilidade no litoral

O segundo boletim de balneabilidade, divulgado ontem pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP), apontou que caiu pela metade o número de pontos considerados impróprios para banho no litoral do Estado em comparação à primeira análise. Na semana passada eram 12 os pontos onde foram encontrados resíduos de esgoto e coliformes fecais. Ontem foram seis (ver quadro). Quem for à praia no Natal e reveillón deve evitar três pontos em Guaratuba, além de outros três na Ilha do Mel, em Ipanema (Pontal do Paraná) e Riviera (em Matinhos). O próximo boletim será divulgado no dia 28 de dezembro.  

O boletim de balneabilidade (análise da qualidade da água das praias) está sendo divulgado toda semana pelo IAP. No total, 69 pontos são monitorados, mas apenas 43 já estão sinalizados por barracas vermelhas (pontos impróprios) e verdes (próprios). De acordo com o IAP, os demais são monitorados sempre e considerados de risco para banho durante todo o ano.

Segundo o secretário estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, a diminuição na quantidade de pontos impróprios se deve principalmente à redução das chuvas na última semana. Ele explicou ainda que a sujeira na água ocorre, em grande parte, por conta da falta de rede de esgoto em diversas residências e pontos comerciais. A situação, segundo Rasca, é mais crítica em Matinhos, onde foram liberadas ligações de esgoto desde o mercado de pescadores até o Balneário Ipacaraí. Nesta semana, a Sanepar fez uma vistoria em 383 condomínios, pousadas e hotéis de Matinhos e constatou que 251 ainda continuam com redes de esgoto irregulares. Rasca disse também que a desativação da Estação de Tratamento Esgoto (ETE) Tabuleiro, em Matinhos, também contribuiu para a melhoria na balneabilidade. A ETE era bastante contaminada.

No Paraná, segundo o IAP, a bactéria que mais aparece na água imprópria é a Escherichia coli, que é encontrada no intestino dos humanos e dos animais. Dessa forma, o esgoto que é eliminado na praia está contaminado com esta bactéria, o que pode trazer sérias doenças a quem entra em contato com a água. Segundo o IAP, as mais comuns são problemas alérgicos nos olhos, garganta e pele, gastrointerites (diarréias e vômitos, por exemplo), hepatite A, cólera e febre tifóide. Além das barracas de cor verde e vermelha, os pontos próprios e impróprios para banho podem ser vistos no site do IAP (www.iap.pr.gov.br). A Resolução 274/2000 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) determina que amostras da água sejam coletadas sempre nos mesmos locais, que devem ser selecionados onde haja maior número de banhistas.

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