Atendimento

Médicos dos prontos-socorros de Curitiba cobram melhorias

Reivindicar melhorias nas condições de trabalho dos médicos que prestam atendimento nos prontos-socorros de Curitiba motivou ontem reunião na sede da Associação Médica do Paraná, em Curitiba.

Entre as principais queixas estão a falta de leitos, a ausência de profissionais e a baixa remuneração dos médicos que atendem no pronto-atendimento dos hospitais Cajuru, Evangélico e do Trabalhador.

A intenção, segundo o presidente da associação, José Fernando Macedo, é fazer um planejamento estratégico, apontar sugestões para melhoras no setor e apresentar a pauta de reivindicações a entidades como Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Secretaria Municipal da Saúde e ao Ministério Público estadual. Há 20 dias, as questões começaram a ser discutidas em assembléia com médicos do Hospital Cajuru.

Os principais problemas apontados pelo médico-chefe do corpo clínico do Cajuru, Marco Pedroni, são a sobrecarga de trabalho para o profissional da saúde e a baixa remuneração.

“Nos últimos dez anos, não houve aumento. Dos R$ 10 cobrados a cada consulta, cerca de R$ 4 são para as taxas administrativas do hospital. Descontando imposto de renda, sobram aproximadamente R$ 4 pagos ao médico por cada consulta”, calculou.

Essa remuneração seria responsável pelos trabalhos duplos ou triplos dos médicos. “Ninguém consegue manter um único emprego. O médico sai de um plantão e entra em outro, onde já pode chegar estressado. É uma situação que precisa de melhorias urgentes ou a falência do sistema é iminente”, alertou.

Diariamente, o Cajuru registra de 150 a 200 atendimentos, enquanto no Hospital do Trabalhador este número é de 240 a 300 e, no Evangélico, 250. “Temos uma demanda grande no Evangélico porque além de nosso próprio pronto-socorro, atendemos duas unidades 24 horas, do Campo Comprido e do Sítio Cercado”, apontou Gilberto Pascolat, integrante da direção do Hospital Evangélico.

A Sesa informou que como não haveria representante oficial do órgão na reunião, preferia não se manifestar até receber as reivindicações concretas dos médicos.

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