Jovens recebem vacina contra hepatite B

Começou ontem no Colégio Estadual do Paraná, em Curitiba, a campanha de aplicação da segunda dose de vacina contra a hepatite B, que tem como alvo principal os jovens de até 20 anos de idade. O Doutor Ônibus – consultório médico móvel equipado pela Unimed – está de volta ao pátio do colégio depois de quase dois meses, quando foi realizada a aplicação da primeira dose. Em novembro, o veículo retorna mais uma vez, para finalmente completar as três doses de vacina.

A expectativa é que nos próximos dez dias cerca de mil alunos sejam vacinados. De acordo com o médico Marcelo Abagge, coordenador em campo do Doutor Ônibus, a faixa etária de 15 a 19 anos é a mais suscetível à doença, salientando que a transmissão é muito parecida com a do vírus HIV – através do contato com sangue ou secreções, exposição de agulhas e outros instrumentos contaminados (exemplos: tatuagens, piercing, perfuração da orelha, etc). nas relações sexuais e no momento do parto (de mãe para filho).

O médico lembra que quase 40% dos infectados desenvolvem a doença propriamente dita, com icterícia (olhos e pele amarelados), febre e mal-estar. Desses, 1% pode evoluir para a forma fulminante, levando o paciente à morte. Em outros 60% dos casos, os infectados se tornam portadores crônicos – não desenvolvem a doença, mas a transmitem. A hepatite B não tem cura e pode causar câncer de fígado e cirrose hepática.

No Paraná, são identificados de 20 mil a 30 mil novos casos por ano. A eficácia da vacina é de 85%.

Para o diretor do turno da tarde do Colégio Estadual, Homero Bocchino, o importante é que haja conscientização por parte dos alunos, e não que a vacina seja obrigatória. “Campanhas que começam na escola rendem muito mais frutos do que outdoors e outras propagandas. Através dos alunos, as famílias também são atingidas”, acredita.

A estudante Giuliana Camilla Oliveira Trincas, 14, tomou ontem a segunda dose da vacina. “Não doeu nada”, garantiu. Segundo ela, o incentivo à vacinação partiu principalmente dos pais. Outro estudante, Felipe Ferreira da Silva, 15, também tomou ontem a segunda dose. “Não quero pegar esta doença”, falou.

A campanha é uma iniciativa da Unimed em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde e a chancela da Secretaria Estadual de Saúde. As vacinas foram fornecidas pelo Ministério da Saúde.

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