O início do inverno de 2025 será a partir das 23h42 desta sexta-feira (20), quando ocorrerá o solstício de inverno no hemisfério sul e o solstício de verão no hemisfério norte. O evento, que marca a mudança das estações, também representa alterações importantes na duração dos dias e das noites.
Com a mudança da estação, as regiões abaixo da linha do Equador, como o Brasil, ficam menos expostas ao Sol, o que representa queda na luminosidade e também nas temperaturas. Isso também significa um dia mais curto e uma noite mais longa.
Apesar de uma variação de pouco tempo, essas alterações astronômicas fazem com que a noite entre os dias 20 e 21 seja a mais longa de 2025.
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Mas o que é o solstício de inverno?
O solstício de inverno é um fenômeno astronômico que marca o início do inverno no hemisfério sul. Nesse dia ocorre a noite mais longa e o dia mais curto do ano. Isso ocorre porque o Sol atinge a posição mais baixa em relação ao equador, fazendo com que o hemisfério receba menos luz solar.
Seguindo o movimento do Sol no céu, antigos astrônomos observaram que a posição ao meio-dia se deslocava gradualmente até alcançar um ponto extremo, onde parecia não mudar por um tempo, como se estivesse “parado”. Esse comportamento acontece duas vezes por ano: no solstício de verão e no solstício de inverno.
“As estações do ano acontecem devido à inclinação do eixo de rotação da Terra em relação ao seu plano de órbita e também devido à sua translação em torno do Sol. O início das estações do ano está associado aos solstícios (inverno e verão) e aos equinócios (outono e primavera)”, explica a astrônoma do Observatório Nacional, Josina Nascimento.
Inverno afeta duração dos dias e noites
A chegada do inverno afeta diretamente a duração dos dias e das noites. Nos equinócios, o tempo de luz do dia e o de escuridão são praticamente iguais. A partir do equinócio de outono, os dias passam a encurtar gradualmente, culminando no solstício de inverno, momento em que ocorre a noite mais longa do ano. Depois disso, os dias começam a se alongar novamente, aproximando-se de um novo equilíbrio no equinócio de primavera e continuando a crescer até alcançar a noite mais curta do ano no solstício de verão.
“Esse fenômeno é mais acentuado quanto mais afastado do equador terrestre o observador se encontra. Quem está perto do equador terrestre, não percebe diferença no comprimento dos dias. Quanto maior a latitude, mais se percebe essa diferença, chegando ao máximo nos polos, onde o sol não nasce no inverno e não se põe no verão”, diz Josina.
Atualmente o início do inverno ocorre no dia 20 ou no dia 21 de junho. Nos anos 1950 a 2000 ocorria ou no dia 21 ou no dia 22. Esta variação está ligada à precessão dos equinócios, que desloca os pontos dos equinócios em relação às estrelas.
A variação entre os dias, atualmente 20 ou 21, está ligada à diferença entre o ano civil e o ano trópico: enquanto o ano civil tem 365 dias ou 366 dias (ano bissexto), o ano trópico (tempo entre dois solstícios ou dois equinócios consecutivos) tem 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46 segundos. Essa discrepância é ajustada pelo ano bissexto, corrigindo a defasagem de cerca de 6 horas que ocorre a cada ano.
*Com informações do Observatório Nacional



