Insegurança toma conta de colégio no Tatuquara

Professores do Colégio Estadual Beatriz Faria Ansay, localizado na Vila Pompéia, no bairro Tatuquara, em Curitiba, realizaram ontem um protesto em frente à Secretaria de Estado da Educação (Seed). Eles pedem mais segurança na escola, após um tiroteio durante o período noturno das aulas, no início desta semana.

Os professores queriam uma reunião com o secretário Maurício Requião, mas não foram atendidos. Uma comissão foi recebida pela chefe do Núcleo Regional de Curitiba, Sheila Marize Toledo.

O colégio está passando por obras. A nova sede da escola teve a construção iniciada em 2005, segundo a Seed, e houve problemas com a empreiteira responsável pelo serviço. As obras foram retomadas em 2006 e sofreram posteriormente nova paralisação. Um novo edital de licitação está no departamento jurídico da secretaria e deve ser lançado nos próximos dias.

Enquanto isso, os alunos estão tendo aulas em um prédio improvisado no bairro Campo do Santana, distante cerca de 3 quilômetros da sede ?oficial? do colégio.

Os problemas com a violência em torno da escola já aconteciam há algum tempo, até que um grupo disparou quatro tiros no chão, em frente da escola, na semana passada. Na última segunda-feira, houve um tiroteio dentro da escola, quando uma pessoa alheia à comunidade escolar atirou contra um aluno. Ninguém ficou ferido, mas o episódio causou pânico entre estudantes e professores.

Eles reclamam que não existem muros em torno da escola improvisada, o que acaba facilitando a entrada de pessoas estranhas. Professores que participaram do protesto ontem relatam que não são bem aceitos no bairro e que é freqüente a presença de gangues perto do colégio.

Os professores gastam mais tempo contendo o alvoroço do que ensinando. ?No começo eram brigas, bebida, drogas. Agora, tiros. Será que precisa morrer alguém dentro da escola para colocarem um muro??, questiona o professor Marcos Alede, que dá aulas de inglês no colégio.

Além de medidas de segurança urgentes, os professores querem que a Seed resolva logo o impasse da construção da nova sede do colégio.

A assessoria de imprensa da secretaria informou que grades serão colocadas em torno da escola improvisada. Câmeras de vigilância serão instaladas no local e um vigia vai acompanhar a entrada de pessoas no prédio. Foi agendada para a próxima terça-feira uma reunião entre representantes da comunidade escolar, professores e o superintendente de desenvolvimento educacional da secretaria (responsável pelas obras), Luciano Meves, para discutir a situação do colégio.

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