Indústria da cerâmica teve um bom final de ano

O fim de ano foi melhor para as indústrias de cerâmica de Campo Largo, Região Metropolitana de Curitiba (RMC). segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Vidros, Cristais, Espelhos, Cerâmica, Louças, Porcelanas, Pisos e Revestimentos Cerâmicos do Paraná, José Maria de Arruda Botelho. A cidade praticamente vive da cerâmica. São trinta fábricas que empregam 8 mil trabalhadores. ?A produção normalmente é sazonal, vendemos melhor nas festas. Este final de ano foi mais positivo?, revelou o presidente.

Botelho destacou que as empresas campo-larguenses produzem anualmente 1,2 milhão de peças de cerâmica, desde tijolos, objetos artesanais até peças de revestimento e piso. ?Temos um forte concorrente que são os chineses. Mas apesar de conseguirem fazer um produto mais barato é de menor qualidade?, disse.

Para o dono da Cerâmica Brasília, Élcio Rosa Portela, a crise que o País viveu nos últimos meses atrapalhou muito o mercado da cerâmica. Ele confessou que espera um aumento de 30% nas encomendas para o fim de 2003, mesmo assim não diz estar otimista para o ano que vem. ?Os pedidos começaram tarde este ano?, revelou.

A fábrica de Portela trabalha com louça utilitária, produzindo 150 mil peças/mês. ?Nossos principais compradores são do Rio e de São Paulo?, destacou.

Tradição

Nas famílias campo-larguenses é fácil encontrar alguém que trabalhe numa fábrica de cerâmica. Maria Terezinha Valente, que trabalha na Cerâmica Brasília, é um caso típico. ?Minha irmã também trabalha com cerâmica. Gosto muito de fazer este serviço?, contou. Ela lembrou que fica contente ao ver as pessoas usando os pratos que ajudou a fazer.

Além de Campo Largo, Pedreira (SP) e Porto Alegre (RS) têm muita tradição no ramo.

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