Índios são obrigados a deixar a Funai em Londrina

A Polícia Federal (PF) em Londrina, norte do Paraná, cumpriu na noite da última quinta-feira, um pedido de reintegração de posse impetrado pela Fundação Nacional do Índio (Funai).

A fundação foi ocupada por índios por 25 dias, em decorrência do protesto contra o Decreto 7056/09, que prevê a reestruturação da instituição. A maioria deixou o local no dia 9 de fevereiro, contudo, cerca de seis indígenas ainda ocupavam a sede da Funai.

De acordo com o delegado da PF responsável pela operação, Evaristo Kuceki, a saída dos índios restantes foi pacífica. “Eles saíram de forma ordenada e tranquila. O local estava sujo, contudo, não havia nada quebrado. Estamos fazendo rondas periódicas nas proximidades, caso eles retornem”, informa.

O delegado conta que dois computadores e um ventilador sumiram da Funai. “Um dos índios nos chamou e alertou para o desaparecimento desses equipamentos. Abrimos um inquérito e estamos apurando esse sumiço”, afirma.

Recuperação

A estudante de administração Érica Pedrão Brito, de 34 anos, que sofreu traumatismo craniano após ser atingida por uma pedra lançada pelos índios no dia 6 de fevereiro, deixou anteontem a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Evangélico de Londrina, onde ficou por 12 dias.

A assessoria de comunicação do hospital informou que Brito foi transferida para o quarto e seu quadro é estável, sem risco de morte. Ela está fazendo fisioterapia e corresponde bem aos testes realizados pela equipe médica, apesar da paralisia motora no lado esquerdo do corpo. Ainda não há previsão de alta.

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