IML muda forma de divulgar dados

Melhorar a qualidade das informações, principalmente no que se refere à causa mortis dos corpos que dão entrada no Instituto Médico-Legal, é a justificativa que a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) deu ontem para a mudança na forma de divulgar os dados sobre mortes violentas na capital.

Negando a existência de qualquer tentativa de sonegação de informação, a Sesp determinou a divulgação de dois boletins diários – às 9h e 18h – contendo os dados das vítimas de mortes violentas.

De acordo com o tenente Mário Sérgio Garcez, assessor do interventor do IML, coronel Almir Porcides Júnior, a medida foi tomada para organizar e melhorar a qualidade do que é divulgado. No livro anterior disponível à imprensa, as informações eram superficiais, o que muitas vezes geravam erros. Por exemplo, não há como saber a causa da morte de um corpo em decomposição, e ele era tido como vítima de homicídio. Agora, com a divulgação após a necropsia, poderemos dizer com exatidão como a pessoa morreu. Assim teremos informações reais sobre o que aconteceu?, disse o tenente.

Primeiro

Ontem, o primeiro boletim, ainda em fase experimental, foi emitido às 18h, e entregue pelo tenente Nunes, responsável pela comunicação e transporte do IML. Segundo ele, o documento ainda está em fase de elaboração e nos próximos dias ainda terá algumas modificações. ?Estamos ajustando e pretendemos melhorar as informações fornecidas?, disse o tenente.

O primeiro boletim não continha nomes nem o horário da morte, apenas informações como a forma da morte e o local de onde o corpo foi recolhido.

Intervenção

No terceiro dia de intervenção no IML, o que se via pelos corredores era um clima de ambientação. O coronel Porcides e sua equipe trabalham na sala do ex-diretor do IML, Hélio Galileu Bonetto, e aos poucos se apresentam aos médicos que trabalham no órgão. A promessa é de que várias medidas serão tomadas. Segundo o tenente Garcez, estuda-se a possibilidade de colocar um investigador da Delegacia de Homicídios no IML para agilizar as investigações dos assassinatos na capital. As funerárias também serão cadastradas, para que haja um controle dos profissionais que prestam serviços.

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