Hospital de Clínicas questiona sindicato

As direções do Hospital de Clínicas (HC) – da Universidade Federal do Paraná – e da Fundação da Universidade Federal do Paraná para o Desenvolvimento da Ciência, da Tecnologia e da Cultura (Funpar) apresentaram ontem sua defesa das acusações de tentarem interferir nas decisões do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral do Paraná (Sinditest). O Sinditest aprovou indicativo de greve para a próxima terça-feira, envolvendo os 1.365 funcionários da Funpar que prestam serviços ao HC.

Segundo o diretor-geral do HC, Giovani Loddo, o sindicato tenta sensibilizar os funcionários a aderirem à manifestação, alegando que a Funpar e o HC não estão dispostos a negociar e manifestam posição favorável a demissões. Loddo explicou que existem três pontos que fizeram com que o HC não discuta as propostas da categoria, mas que, assim que esses pontos forem solucionados, de imediato o hospital aceitará negociar. Ele garantiu que a categoria não será prejudicada e que a data-base será mantida em 1.º de maio. “Queremos que o sindicato comprove legitimidade para representar os funcionários. Eles representam os funcionários da Funpar lotados no HC, mas não todos os servidores da Funpar. Outro pedido é a lista com os nomes das pessoas que participaram da assembléia que aprovou a greve. Basta apresentá-la ao nosso departamento jurídico. E não quero vê-la, muito menos irei perseguir funcionários como eles vêm dizendo”, disse Loddo, destacando que o terceiro ponto é uma pauta de reivindicações apenas para quem trabalha no HC e não para todos os funcionários da Funpar, como foi apresentado previamente. “Assim que eles resolverem esses problemas, que são exigências legais, logo sentaremos e negociaremos”, disse o diretor-geral.

Demissões

O Ministério Público do Trabalho impetrou uma ação civil pública aconselhando a demissão dos funcionários da Funpar que trabalham no HC. Loddo é contra a proposta e critica o Sinditest, que segundo o diretor, tenta fazer com que os funcionários fiquem contra a UFPR. “A primeira audiência está marcada para maio. Somos contra, por isso estamos preocupados. Esta semana recebi indicativo favorável à contratação de 402 novos funcionários, todavia, o Ministério da Educação quer que seja feita substituição dos atuais da Funpar”, contou Loddo, destacando que sua idéia é que esse número seja incorporado e não entre como substituição.

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