Com a marca de 1,5 milhão de pacientes atendidos, o Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) completa hoje 45 anos. Ao longo desse período, a instituição se tornou referência na oferta de diversos serviços. Entre os quais, o transplante de medula óssea, cujo serviço foi pioneiro na América Latina, e a criação do banco de tecido osteomuscular, que foi o primeiro do País.
Uma média de 60 mil pessoas passam todos os meses pelo ambulatório do hospital. O total de cirurgias ultrapassa 900 por mês. Perto de 1,5 mil internações são feitas mensalmente. Todo esse trabalho é realizado por quatro mil funcionários. Com esses números, o Hospital de Clínicas da UFPR está entre os seis maiores hospitais universitários do Brasil, que atendem unicamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O diretor geral do HC, Giovanni Loddo, comenta que quando foi inaugurado, em 1961, o hospital vinha suprir a necessidade de um centro escola para a então Faculdade de Medicina. ?Quando ele começou a funcionar, mudou o sistema de atendimento à saúde no Estado, sendo incorporado mais tarde ao curso de Medicina. Hoje ele serve de campo de estágio para mais de mil alunos de diversos outros cursos, como Enfermagem, Terapia Ocupacional e Nutrição?, falou Loddo. Também, oferta vagas para 230 médicos residentes, desenvolve cerca de 200 projetos de pesquisa, além de ofertar diversos cursos de mestrado e doutorado.
Bolo
| Foto: Chuniti Kawamura/O Estado |
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| Solenidade de comemoração do aniversário aconteceu na manhã de ontem, em Curitiba. |
Mas apesar de todo o seu avanço, o HC atravessa dificuldades, pois faltam recursos para investir em reformas e substituição de equipamentos. A dívida da instituição chega a R$ 10 milhões, contraída basicamente com seus fornecedores. Apesar desse cenário, o diretor afirma que o HC vem conseguindo conviver com esse problema, e mesmo assim consegue atender a demanda do hospital, que cresce uma média de 10% ao ano. ?A grande diferença desses atendimentos é que são pacientes de alta complexidade, o que acaba encarecendo ainda mais nossos custos?, afirmou Loddo. Outro fator destacado pelo diretor do hospital é o apoio que a unidade sempre recebeu da comunidade. ?A comunidade reconhece nossa importância e por isso sempre responde positivamente às nossas campanhas?, comentou.
Mas como a crise é algo que Giovanni Loddo considera inerente ao hospital, ele destaca que o momento é de comemoração. Por isso ao longo desta semana foi desenvolvida uma extensa programação dentro da unidade. Ontem pela manhã foi realizada uma cerimônia oficial dos 45 anos do HC, que contou com a participação de servidores e voluntários. À tarde, um grande bolo, confeccionado pelo Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria e Moinho Anaconda, foi servido para marcar o aniversário do hospital.