Guaratuba produz a melhor ostra do Estado

Guaratuba – Conhecer como são cultivadas as ostras e saborear essa iguaria é uma ótima opção para os turistas que vão até Guaratuba. O projeto Ostra Viva, idealizado pelo produtor Hamilton Kirchner, na Baía de Guaratuba, recebe centenas deles durante todo o ano. Na visita, que é completamente gratuita, o criador explica como se consegue criar a ostra até o estágio adulto. Também é possível saboreá-las. A dúzia in natura é vendida a R$ 10, enquanto a gratinada com queijo parmesão custa R$ 12 a dúzia.

Kirchner explicou que a ostra é um animal hermafrodita, que no mesmo momento que desova já fecunda. Em 8 horas após a fecundação ela vira larva. A partir desse momento ela tem que se fixar em algo em no máximo vinte dias, caso contrário morre. “Ela se assenta em paus, pedras, e depois de assentada acontece a metamorfose, virando molusco”, explicou, destacando que o principal problema para o cultivo é que os criadores ainda têm que buscar as sementes nos locais onde as ostras se prendem. “O correto para se criar ostras é que as sementes fossem feitas em laboratórios coisa que ainda não existe no Paraná”, revelou, destacando que Santa Catarina é o estado que mais produz ostra no Brasil, pois os produtores de lá recebem sementes produzidas em laboratório pela Universidade Federal local.

“Nossa ostra é mais suculenta, a chamada ostra brasiliana. Ela precisa ser produzida em baías para ter esta qualidade. A ostra produzida em Santa Catarina é original do Japão, tendo que ser cultivada em mar aberto”, explicou, lamentando o fato de ninguém no Estado incentivar o cultivo das ostras. “Eu produzo e vendo somente aqui 6 mil dúzias de ostras por ano. Se tivesse as sementes produziria 50 mil e geraria bem mais do que os 8 empregos que gero hoje”, afirmou, destacando que a ostra tem várias propriedades, uma delas é filtrar a água.

Afrodisíaca

Kirchner explicou que a ostra é um poderoso energético sexual. “Ela tem muito zinco, ômega 3, além de ter poucas calorias”, disse, afirmando que o consumo de ostra no Brasil ainda é muito pequeno. “França, Espanha e Japão consomem muito o produto”, afirmou, destacando que com as baías que têm, o Paraná poderia ser o grande produtor de ostras do Brasil. “Temos o local apropriado para produzir a melhor ostra, com um mercado muito grande em todo mundo. Só precisamos que as pessoas vejam esta realidade”, concluiu.

Serviço: O projeto Ostra Viva fica na continuação da Estrada do Cabaraquara, 900 metros após o término do asfalto.

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