Gripe A continua exigindo cuidados

O fato de Curitiba não estar enfrentando uma epidemia de gripe A (H1N1), como aconteceu no ano passado, fez com que muitas pessoas deixassem de tomar cuidados básicos para evitar o problema.

Ontem, a Secretaria Municipal de Saúde divulgou que, de janeiro até agora, foram registrados apenas dois casos de hospitalizações pela doença na cidade e que um óbito está em investigação.

Em 2009, os números eram bem mais alarmantes. De janeiro a dezembro, foram 16 mil casos notificados, 1.300 confirmados por laboratório e 49 óbitos. Entretanto, a redução não significa que a população deve deixar de se cuidar, até pelo fato de muitas pessoas não terem sido vacinadas por não fazerem parte dos grupos de risco determinados pelo Ministério da Saúde.

“De março até agora, 1,2 milhão de pessoas foram vacinadas contra a gripe A em Curitiba (a cidade tem cerca de 1,8 milhão de habitantes). O número superou as expectativas e é muito bom, pois quanto maior a quantidade de pessoas imunizadas, menor será a transmissão. Porém, o fato de não haver epidemia não quer dizer que a população pode se descuidar da saúde”, disse a secretária municipal de Saúde, Eliane Chomatas.

A prefeitura já está confeccionando novos materiais gráficos com alerta sobre as medidas que devem ser tomadas para evitar a gripe. O principal cuidado é lavar bem as mãos com água e sabão, sendo que este é apontado como sendo mais eficiente até que o uso de álcool em gel. Sobre o álcool, também não é qualquer tipo que tem ação sobre o vírus H1N1. O recomendado é o gel à base de álcool a 70% com ação anti-séptica.

Outros cuidados são cobrir o nariz e a boca com um lenço ao tossir ou espirrar; evitar ambientes fechados com aglomeração de pessoas; abrir as janelas para ventilar a casa; não compartilhar objetos de uso pessoal; e procurar um médico se estiver com sintomas de gripe (febre acima de 38 ºC, tosse ou dor de garganta e dificuldade para respirar).