Grevistas do Incra promovem debates diários com movimentos sociais no PR

Os servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) do Paraná realizam, desde o dia 30 de maio manifestações e debates diários com diversos movimentos sociais.

As ações fazem parte da greve nacional da categoria pela atualização do plano de carreira, criado em 2004, e pela realização de concurso público para admitir mais 4 mil funcionários.

?Na terça(5) realizamos um ato público e passeata pelas ruas da cidade, juntamente com servidores também em greve do Ibama, da Universidade Federal, IBGE e estudantes?, disse o presidente da Associação Nacional dos Engenheiros Agrônomos do Incra, Geraldo Batista Martins.

Segundo ele, ?nenhuma manifestação especial está agendada para nesta quarta-feira (6), como acontecerá simultaneamente em outras superintendências do país?.

Martins informou que no próximo dia 12, os grevistas promovem o ato Sangue pela Reforma Agrária, quando todos vão doar sangue. Eles também vão arrecadar agasalhos para os agricultores acampados.

Além  dos 115 servidores de Curitiba, os 35 que atendem as duas unidades avançadas, de  Francisco Beltrão e Cascavel, decidiram aderir ao movimento. Martins disse que o objetivo da paralisação vai além de reivindicar a reposição das perdas salariais.

?As reuniões que estão sendo feitas com os movimentos sociais, com  trabalhadores na agricultura familiar , constatam que realmente o órgão precisa ser reestruturado para cumprir sua finalidade [que é promover] a reforma agrária?.

No Paraná existe 400 mil propriedades rurais para serem atendidas, há cerca de 100 mil propriedades dependendo de regularização fundiárias, além de conflitos em áreas de fronteira.?E não temos infra-estrutura para  atender essa demanda?.

O presidente da Associação Nacional dos Engenheiros Agrônomos ressalta a importância desse trabalho, lembrando que no Paraná, em 2003 estava tudo estagnado. Em princípio, conseguiu-se o assentamento naquele ano de  140 famílias. Em 2004 o número saltou para 2.900 famílias.

Para este ano a meta é o assentamento de 2,4 mil famílias.  ?Em 2003 o Paraná tinha 15.800 famílias acampadas, atualmente são 8 mil?, disse Martins.

Voltar ao topo