Greve na UFPR pode terminar hoje

A greve dos servidores da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que dura cerca de três meses, pode terminar hoje. Ontem, representantes da categoria tiveram um encontro com o governo federal, em Brasília, e o entendimento sobre o reajuste salarial ficou próximo. Hoje os trabalhadores se reúnem nos estados para avaliar a proposta.

O encontro entre o governo federal e os servidores começou na segunda-feira e avançou noite adentro, tendo continuidade ontem. Segundo informações da assessoria de imprensa do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino do Terceiro Grau Público de Curitiba (Sinditest), um entendimento entre os servidores e o governo estava muito próximo.

No última rodada de negociações, o governo havia proposto reajuste diferenciado para os cinco níveis de lotação dos servidores. Quem está no nível E ganharia 89% de aumento. O problema é que o aumento destinado às outras categorias era inferior. Os do nível A, por exemplo, receberiam 15%. Os servidores queriam que os valores fossem melhor distribuídos entre os diferentes níveis. Além disso, o governo queria que o reajuste começasse a incidir nos salários a partir de julho de 2008, mas a categoria quer o aumento em janeiro.

Professores

Depois dos servidores, agora pode ser a vez dos professores das instituições federais de ensino superior cruzarem os braços. No último dia 24, os docentes da UFPR decidiram aderir à greve nacional por tempo indeterminado. Para isso, eles esperam uma resolução nacional da categoria que tem no próximo dia 13 um encontro com o governo federal.

Como forma de pressionar o governo, os professores prometem parar as atividades no dia da negociação. Além da questão salarial, afirmam que a greve também será um instrumento de luta contra a precarização do trabalho docente; de defesa da educação pública; indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão; revogação da Portaria Interministerial n.º 22/07, que cria o banco de professores-equivalente; e abertura imediata de concurso público, entre outros.

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