Funcionários reclamam da falta de segurança em Educandário

Os educadores do Educandário São Franciso, em Piraquara, na região metropolitana de Curitiba, não entraram para trabalhar na manhã desta quinta-feira (5).

Depois da tentativa de rebelião na tarde de terça-feira (3) – quando o educador Ilton Adão de Araújo, de 61 anos, foi agredido, levando 156 pontos e ficando com fraturas generalizadas – os funcionários estão com medo de novas agressões dos adolescentes.

Nesta manhã, eles se encontraram na frente do Educandário e, após uma reunião, decidiram voltar ao trabalho com cautela, segundo entrevista de um educador à Rádio CBN. Uma assistente social que também conversou com a Rádio, afirmou que falta segurança aos trabalhadores. A estrutura antiga do local e a pouca quantidade de educadores para cuidar dos 150 meninos agravam a situação. As ameaças dos internos aos funcionários são freqüentes e os empregados do Educandário estão sofrendo problemas de saúde, como estresse, que pode causar doenças levando até mesmo a morte.

Em nota, a Secretaria de Estado da Criança e da Juventude (Secj) declarou que "medidas já foram tomadas pela Secj para restabelecer a rotina de segurança no Cense São Francisco. Os adolescentes envolvidos na crise serão responsabilizados pelo ato por meio de medidas disciplinares. Aqueles que já possuem mais de 18 anos já foram transferidos e serão responsabilizados criminalmente, como adultos, por tentativa de homicídio. As lideranças do conflito estão sendo transferidas para outras unidades, visando a desarticulação do grupo. A Seap, responsável pelo suprimento de pessoal, agilizará o processo de nomeação de funcionários já concursados para reforçarem o quadro de servidores do Cense São Francisco."

Ainda de acordo com a nota, a Secretaria relatou que como a função de educador é de risco, estes funcionários estão passando por cursos de capacitação de procedimentos de segurança e para que o gerenciamento de crise seja administrado prontamente. Neste ano, serão 80 horas de cursos com a Polícia Militar do Paraná com pagamento de hora extra para garantir a participação de todos.

* Saiba mais na edição de sexta-feira (6) dos jornais O Estado do Paraná e Tribuna do Paraná.

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