A forte chuva que caiu ontem sobre Curitiba fez com que os funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) de Curitiba suspendessem a passeata marcada para o fim da tarde de ontem, que marcaria o encerramento das 48 horas de vigília dos trabalhadores, em protesto por reajuste salarial.
Acampados em frente à sede estadual da ECT, na Rua João Negrão, desde quarta-feira, encerraram ontem a manifestação para pressionar a direção da empresa. ?É um movimento inicial para chamar a atenção da sociedade para nossa situação e dar apoio à comissão nacional de negociação que está em Brasília?, destacou Celso Paiva, um dos diretores do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Paraná (Sintcom-PR).
O diretor do sindicato destacou como bem-sucedidas as manifestações ocorridas em todo o País nos últimos dias, tanto que a direção da ECT sinalizou que apresentará uma nova proposta na segunda-feira.
As manifestações tiveram início após a ECT apresentar uma proposta de reajuste de 4% e um abono de R$ 500, enquanto os trabalhadores exigem, além dos 4%, referentes à inflação dos últimos 12 meses, 16% de aumento real e 44,64% relativos a perdas acumuladas desde 1994. ?Queremos diminuir a diferença de salários dentro da própria empresa, uma vez que há, na ECT, funcionários que ganham R$ 479 e outros que recebem mais de R$ 15 mil?, comentou o secretário-geral do sindicato, Nilson Rodrigues dos Santos.
Uma nova assembléia está marcada pelo Sintcom-PR para a próxima terça-feira, quando a proposta da ECT será avaliada e, se for o caso, será votado o indicativo de greve. Pelo calendário nacional da categoria, se nenhum acordo for alcançado nos próximos dias, uma greve geral está prevista para o dia 13.