Funcionários do Incra continuam em greve

Funcionários do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no Paraná, em greve há oito dias, se reuniram ontem em assembléia, para mostrar ao governo federal que não pretendem voltar ao trabalho até que seja apresentada uma boa proposta de reajuste salarial e fortalecimento da categoria. A reunião entre técnicos, analistas e engenheiros agrônomos aconteceu durante a manhã, em frente à sede do Incra, em Curitiba.

?Estamos em negociação com o governo, mas até agora não conseguimos acordo?, comentou a presidente da Associação do Incra no Estado do Paraná (Assincra), Irene do Rocio Rudunike Neves. ?Estamos sem reajuste salarial há 12 anos e cerca de 90% dos 140 funcionários do Incra no Estado estão com mais de 25 anos de carreira, às vésperas de se aposentar?.

Segundo Irene, a adesão à greve deflagrada na semana passada já chega a 95%. ?Só se mantêm trabalhando ocupantes de cargos de confiança, estagiários e pessoas contratadas?. Em relação ao fato de muitos dos funcionários estarem para se aposentar, a reivindicação é de que seja realizado novo concurso público para contratação de, no mínimo, trinta novos servidores no Estado. ?No Brasil todo, são cerca de 4.500 trabalhadores. Para que a quantidade seja ideal, é necessária a entrada de mais 3.500?.

No que diz respeito à reajuste de folha de pagamento, os funcionários do Incra querem equiparação salarial com outros servidores federais. ?Nosso salário-base, para ensino médio, é de R$ 380. Para quem tem curso superior, é de R$ 500. Funcionários do Ibama, que realizam funções muito parecidas com as nossas, ganham cerca de R$ 2,3 mil?, afirma Irene.

Os grevistas também querem que gratificações concedidas através de plano de carreira sejam incorporadas aos vencimentos básicos, que funcionários aposentados (cerca de duzentos só no Paraná) recebam gratificações idênticas às pessoas que estão na ativa e que o Incra, em todo País, seja re-equipado. 

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