Flanelinhas dominam Santa Felicidade

A grande quantidade de flanelinhas em atividade nas ruas do bairro Santa Felicidade, em Curitiba, vem incomodando moradores, comerciantes e mesmo visitantes que passam pelo local. Na avenida Manoel Ribas – que concentra um grande número de restaurantes e lojas de artesanato -eles chegam a estipular preço e mesmo a tentar controlar o trânsito, parando os carros que circulam pelas vias para que outros possam estacionar ou sair dos estacionamentos.

“Os flanelinhas atrapalham bastante os clientes dos estabelecimentos, muitas vezes os afastando de Santa Felicidade”, comenta o proprietário de um café localizado na Manoel Ribas, Gilberto Boscardim. “Muitos xingam as pessoas quando elas se recusam a lhes dar dinheiro e acabam gerando situações constrangedoras. Outros se acham donos da rua e complicam o trânsito de veículos.”

Na opinião do representante comercial Angelo Nicolini Filho, que mora em Santa Felicidade, apenas uma quantidade muito pequena dos guardadores que atuam não só na Avenida Manoel Ribas, mas em toda Curitiba, são realmente responsáveis e cuidam dos carros estacionados. “A maioria deles é formada por desocupados que só querem tirar dinheiro das pessoas”, define. “Muitas vezes, os motoristas acabam dando alguma coisa porque se sentem intimidados e temem que eles risquem o carro.”

O presidente da Associação do Comércio e Indústria de Santa Felicidade, Carlos Roberto Madalosso, o Beto, diz que um dos grandes diferenciais do bairro é o fato de não haverem locais com EstaR e de todos os estacionamentos oferecidos pelos estabelecimentos comerciais a seus clientes serem gratuitos. Na avaliação dele, a ação dos flanelinhas acaba indo contra a proposta de que as pessoas possam circular à vontade pelo local e sem custos.

Conscientização

“Não cabe à associação coibir a ação dos flanelinhas. Porém, já estamos pensando em desenvolver um trabalho de conscientização com este pessoal para que eles passem a ser mais simpáticos com os visitantes”, explica Beto. “Santa Felicidade tem o propósito de ser um local agradável e de ar bastante familiar.”

Segundo a Prefeitura de Curitiba, a profissão de flanelinha não é regulamentada. Sendo assim, se alguém se sentir intimidado ou incomodado com a ação dessas pessoas, deve solicitar ajuda diretamente à polícia.

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