Homenagens

Finados com cemitérios cheios em Curitiba

O tempo bom inspirou e motivou a visita de milhares de curitibanos nos cemitérios da cidade para lembrar e prestar homenagens para familiares e amigos que já morreram.

Muitas flores, velas e orações marcaram as passagens pelos cemitérios. Somente nos municipais, a expectativa era de 100 mil visitantes, de acordo com a prefeitura de Curitiba.

Todos estavam com um grande movimento, mas sem qualquer percalço para quem resolveu matar a saudade e lembrar de momentos marcantes. Um dos locais mais agitados era o Cemitério Municipal do Santa Cândida.

O trânsito na região estava complicado pelo aumento no número de visitantes e a presença de outro cemitério próximo, o paroquial do bairro. Apesar do tráfego congestionado, ninguém deixou de fazer a visita.

Monique Vanessa Cordeiro foi ao Cemitério do Santa Cândida para visitar o túmulo do pai. “Além do Dia de Finados, eu venho para o Dia dos Pais, a data de falecimento dele. Visitar conforta um pouco”, contou. A mãe dela, Anita de Faria Cordeiro, prefere levar velas e acendê-las ao lado do túmulo do que comprar flores. “No meu ponto de vista, é sempre bom muita luz e orações”, explicou.

Já Olga Florindo preferiu levar um vaso de margaridas para o túmulo onde estão os corpos da mãe e da irmã. “Eu venho mais em Finados mesmo. Às vezes não dá tempo com essa correria”, comentou.

Parte da família de Iolanda Cecília Alves foi ao Cemitério do Santa Cândida para rezar pelos parentes que estão enterrados no local. “É muita saudade”, resumiu. No Cemitério Municipal do Água Verde, uma das visitas corriqueiras em Dia de Finados é a de Wilson Shultz.

Ele leva flores e as deposita em cima do túmulo onde estão seu pai, sua mãe e três irmãos. “Fazemos uma homenagem em memória deles”, anunciou. Monique Ivanki também passou a manhã de ontem no Cemitério do Água Verde, ajeitando o túmulo onde está enterrado seu pai.

Ela arrumou os vasos de flores e fez a decoração com algumas artificiais. “Eu não lembro dele apenas em Finados. E procuro vir aqui também no Dia dos Pais, na data de aniversário”, falou.

Um dos túmulos onde as pessoas mais paravam para fazer alguma oração ou apenas observar era o de Zilda Arns, fundadora da Pastoral da Criança, que morreu no grande terremoto do Haiti em janeiro deste ano. “A gente conhece o trabalho dela na pastoral. Cada vez que visitamos o cemitério, passamos por aqui”, indicaram Armando e Arlete Caetano.

Outro túmulo bastante visitado ontem foi o de Maria Bueno, no Cemitério Municipal São Francisco de Paula. “Apesar de conhecer pouco a história de Maria Bueno, eu respeito muito”, frisou Lisete Belo.

Todos os visitantes do túmulo de Maria Bueno ganharam fitinhas, parecidas com a do Senhor do Bonfim. “Darei uma destas fitas para o meu neto que está precisando muito”, contou emocionada Esmeralda Assunção. Ela disse que tem muita fé na força de Maria Bueno, considerada uma santa popular.

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