Família luta para garantir condições aos filhos com paralisia cerebral

Uma família humilde do município de Agudos do Sul, próximo à divisa com Santa Catarina, chama atenção pelas dificuldades e o esforço para garantir condições para dois filhos que possuem necessidades especiais. Joana Gonçalves Oliveira largou no mês passado o emprego para se dedicar exclusivamente a Bruna, de 18 anos, e Vinícius, de apenas 11 meses. Os filhos possuem paralisia cerebral, entre outros problemas.

Nesta semana, Joana estava desesperada atrás do leite especial para Bruna. O leite Nutrison Soya é único alimento que a jovem pode ingerir. A alimentação acontece somente por meio de sonda. A Prefeitura de Agudos do Sul fornece o produto para a família, mas a entrega muitas vezes é irregular. “Ela ficou três dias sem o leite. Dei o leite normal, mas a Bruna passa muito mal. Minha irmã conseguiu comprar uma lata do leite em Curitiba, por R$ 75. Uma amiga conseguiu reunir doações e comprou sete litros do leite. E nos viramos por este período. É preciso um litro por dia”, conta.

Após 10 dias, ela conseguiu na prefeitura o leite especial para duas semanas. No final do mês, novamente vai até a administração pública para pegar o alimento. “Sempre ouço dos funcionários, quando eu vou lá, que não vai faltar o leite. Mas sempre acaba acontecendo”, explica Joana.

Os medicamentos de Bruna e Vinícius são fornecidos pelo posto de saúde. Mas Joana precisa gastar com os equipamentos e sondas para o alimento, que funcionam como se fosse para tomar soro. Existe muita dificuldade em atender a Bruna, até mesmo pela estatura da jovem. É preciso carregá-la para tudo. Bruna ficou internada por muito tempo e está ainda com uma traqueostomia, o que exige mais cuidados.

Bruna vai para a Escola Israel Camargo – Apae, em Agudos do Sul, duas vezes por semana para fisioterapia. Ela está inscrita na Educação de Jovens e Adultos, mas diante de sua condição praticamente não há muito o que pode ser feito em termos pedagógicos. “A Bruna também precisa de uma cadeira apropriada para o tamanho dela. A que ela tem foi feita sob medida, por meio de doação, há muito tempo. A cadeira hoje serve mesmo só para transportar. Ela fica a maior parte do tempo deitada”, afirma Marlene Pykosz, diretora da escola.

Além disso, ela precisaria de uma banheira para tomar banho com mais conforto. Já o bebê está inscrito na educação infantil e recebe atendimento especializado, por meio da estimulação. Passa ainda por sessões com fonoaudiólogo e fisioterapeuta. Quem quiser ajudar a família com doações pode entrar em contato com a Escola Israel Camargo, nos telefones (41) 3624-1021 ou 3624-1357.

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