Empreiteiras de olho nas estradas do Paraná

Como até o meio do ano o governo federal pretende publicar editais para concessões de exploração de rodovias sob seu domínio, empreiteiras interessadas vêm encomendando pesquisas sobre os perfis de estradas e de usuários no Paraná. A Planos Engenharia SS Ltda., uma das empresas contratadas para prestar esses serviços, vem desenvolvendo estudos para algumas empreiteiras. Segundo o dono da Planos Engenharia, Sílvio Padilha, no mês passado foram realizados estudos do Lote 7 proposto pelo governo, que liga Curitiba a Florianópolis, e nas próximas semanas serão iniciadas as pesquisas na BR-116, que conecta Curitiba a São Paulo. "Todas as grandes empresas interessadas estão fazendo estudos dos lotes destinados a concessões", afirma.

Silvio diz que sua empresa está trabalhando com várias empreiteiras, mas não pode citar nomes ou quantas elas são. Entre os estudos realizados pela Planos Engenharia, incluem-se medição de tráfego, diagnóstico técnico das condições e características dos trechos de rodovias, orçamentos, planejamento administrativo e econômico-financeiro. "Desenvolvemos um projeto de engenharia total, que possa viabilizar a concorrência", afirma Sílvio.

Nos planos de licitação do governo federal anunciados no fim do ano passado estão três trechos que passam pelo Paraná, totalizando mais de 1.150 quilômetros de estradas. São eles o Lote 2, no trecho da BR-116 que vai de Curitiba até a divisa de Santa Catarina com o Rio Grande do Sul; o Lote 6, também na BR-116, no percurso que vai de São Paulo a Curitiba; e o Lote 7, que envolve trechos da BR-116, BR-376 e BR-101, ligando as capitais do Paraná e de Santa Catarina.

Necessidade

"Há uma necessidade urgentíssima de melhorar a infra-estrutura do País", afirma o presidente da Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (Fetranspar), Luis Anselmo Trombini. "Mas, o governo alega não possuir condições de bancar os investimentos. Quem acaba pagando é o povo", considera. O presidente da Fetranspar lembrou que a Contribuição por Intervenção no Domínio Econômico (Cide), criada para que o governo tivesse recursos para investir em transportes, não foi aplicada até agora.

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