Delegados fazem carta de manifesto contra formação

Os delegados de polícia do Paraná participantes do II Encontro Estadual da classe, realizado no último fim de semana, divulgaram ontem o documento redigido ao final do evento, que resume as decisões tomadas. A Carta de Curitiba lista 18 itens de reivindicações e foi assinada pelo presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Paraná, Fauze Salmen, pela presidente do Sindicato dos Delegados do Paraná, Valéria Padovani de Souza, e pelo presidente da Confederação Nacional dos Delegados de Polícia, Achilles Benedito de Oliveira.

Os delegados manifestaram repúdio à forma como vêm sendo formados os novos representantes da categoria -curso de apenas 15 dias na Escola de Polícia Civil, que, segundo os participantes do encontro, “não habilita ninguém ao trabalho policial de risco”. A carta lembra que os novos delegados foram designados para trabalhar em cidades do interior sem arma fornecida pelo Estado, sem conjunto documental e sem distintivo.

Também repudiaram a nomeação de sargentos para responder por delegacias de polícia, conforme foi anunciado há duas semanas pela Secretaria de Estado da Segurança, para substituir os chamados delegados “calça-curta” (não-concursados), e a designação de delegados para trabalhar na Promotoria de Investigação Criminal.

Entre as principais resoluções tomadas pelos delegados em prol da segurança pública no Estado está o pedido de que a escolha do delegado-geral da Polícia Civil do Paraná seja feita através de lista tríplice de nomes, apontados entre a classe. Eles lembram que o cargo deve ser ocupado por “um perfil de liderança, administrador e empreendedor das idéias de segurança pública, com mandato definido”.

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