Deficientes sofrem nas cidades do Paraná

O Paraná, segundo dados da Federação Estadual das Associações de Pessoas com Deficiências Físicas, tem cerca de 1,4 milhão de pessoas portadoras de deficiências. Dessas, 600 mil possuem problemas de locomoção, e enfrentam uma série de problemas de acessibilidade devido à falta de infra-estrutura urbanística, arquitetônica e de transporte nas grandes e pequenas cidades.

De acordo com o presidente da Federação, Alberto Nogueira, que participou da 1.ª Conferência Estadual dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência, realizada em Curitiba, na última terça-feira, 60% dos municípios paranaenses não dão condições para que as pessoas portadoras de necessidades especiais possam se deslocar adequadamente e com segurança. "Os espaços urbanos não permitem que a pessoa que tem dificuldades de locomoção tenha acesso ao trabalho, à escola e aos estabelecimentos de saúde. Faltam guias rebaixadas, vagas especiais, pistas táteis, rampas, telefones públicos especiais e uma série de outras coisas que fazem com que os deficientes fiquem inibidos", diz.

Na opinião do secretário do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência, Rubens Leonart, o problema não é apenas dos deficientes ou do poder público, mas de toda a sociedade. Ele afirma que, além de enfrentarem problemas devido à falta de infra-estrutura, os deficientes sofrem devido ao desrespeito de grande parte dos cidadãos comuns.

"A sociedade precisa compreender que respeitar os direitos dos deficientes não é um favor, mas um compromisso e uma obrigação", afirma.

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