Congresso nacional debate emissão de CO2

Reduzir os níveis de emissões de gás carbônico (CO2) é crucial para a sobrevivência humana na Terra. O carbono é um dos gases do efeito estufa e o grande responsável pelo aquecimento global. Este gera mudanças climáticas que resultam em furacões, degelos, ondas gigantes e outros fatores que acabam ocasionando grandes tragédias às populações.  

O assunto será um dos temas colocados em pauta no V Congresso Brasileiro de Unidades de Conservação (CBUC), que acontecerá em Foz do Iguaçu na próxima semana. ?Não temos mais como corrigir os problemas ambientais no planeta. Porém, ainda podemos evitar que eles se tornem mais graves. Uma das formas de se fazer isso é pela  neutralização das emissões de CO2?, comenta o coordenador de pesquisa do Instituto de Pesquisa Ambiental Amazônia (Ipan), Paulo Moutinho.

Nos últimos cem anos, a temperatura média na Terra aumentou 1ºC, o suficiente para causar uma série de alterações. Até o 2100, a previsão é de que aumente 4ºC. Para evitar as conseqüências negativas de tudo isso, é preciso que a concentração de carbono na atmosfera se estabilize. Hoje, segundo Paulo, existem 370 partes por milhão de CO2 na atmosfera. O ideal é que todos os países iniciem imediatamente um trabalho com o objetivo de reduzir suas emissões em 2% ou 3% ao ano, o que garantiria uma concentração de 450 a 500 partes por milhão até 2010. ?Mais de 80% dos poluentes que aquecem a Terra são resultado da queima de petróleo, carvão mineral e gás natural. O restante é conseqüência da queima e derrubada de florestas. Dessa forma, para evitar o aquecimento, temos que reduzir as emissões nos setores que queimam os combustíveis e lutar contra os desmatamentos. Nisso, o Brasil tem papel fundamental, principalmente no que diz respeito à região da Amazônia. Mais de 70% das emissões realizadas no País são conseqüência da degradação florestal?, explica o coordenador de pesquisa.

Atitudes aparentemente pequenas também podem colaborar para que a situação da Terra não se complique ainda mais. Essas podem ser tomadas por todos, no dia-a-dia, e estão muito ligadas a mudanças nos hábitos de consumo. As pessoas podem, por exemplo, utilizar mais o transporte coletivo, reduzir o tempo de banho e comprar de empresas que demonstrem preocupação com os recursos naturais. ?A mudança dos hábitos de consumo é difícil, mas necessária. Infelizmente, as pessoas ainda sonham, por exemplo, em comprar carros grandes e caminhonetes, que poluem bem mais?, finaliza Paulo.

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