Casos em alta

Concurso de PSS pra professores estaduais é adiado para janeiro de 2021

Aulas presenciais estão suspensas no Paraná desde março. Foto ilustrativa: Rodrigo Félix Leal/AEN

A Secretaria de Estado da Educação (Seed) anunciou, na noite desta quinta-feira (10) o adiamento da prova de conhecimento do Processo Seletivo Simplificado (PSS) que prevê a contratação de 4000 professores temporários para a rede estadual de ensino. Segundo a Seed, a prova deve ser realizada no início do ano que vem, no dia 10 de janeiro.

+Veja o edital completo para o concurso de PSS do governo do Paraná

A prova estava marcada para acontecer no 20 de dezembro deste ano, mas, por conta do grave cenário da pandemia de coronavírus, o pleito foi adiado por 21 dias. O Ministério Público chegou a entrar com uma ação para suspende a contratação de PSS por causa da pandemia, bem como a suspensão da eleição para diretores, o que acabou acontecendo após decisão da Justiça.

“O protocolo de prevenção do Cebraspe, empresa responsável pela organização da prova presencial, teve parecer favorável da Sesa. O processo segue com as mesmas regras, apenas a data da prova foi adiada”, informou a Sesa em nota.

Esta é mais uma vez em que o pleito é adiado. Era para o dia 13 de dezembro, depois passou para o dia 20 e agora para o dia 10 de janeiro de 2021.

Protestos e greve de fome

Professores ligados à APP-Sindicato são contrários à realização da prova neste momento de pandemia. Eles chegaram a fazer uma greve de fome cobrando um posicionamento do governo com relação à data da prova.

A novidade deste edital é aplicação de uma prova de conhecimento da área em que o professor se inscreveu e pretende dar aula.  Além da prova, os candidatos devem cadastrar documentos de títulos. Esses documentos vão representar até 40 pontos do processo de seleção, valendo diplomas de pós-graduação, como de especialização, mestrado ou doutorado. A prova de títulos compreende também o tempo de serviço – cada ano de magistério vai contar 3 pontos, com máximo de 21 pontos (dentro dos 40 totais).

A APP-Sindicato alega que faltou discussão sobre esta nova regra e pede a revogação da prova presencial em um momento de pandemia do novo coronavírus. A categoria também reivindica a renovação dos contratos atuais, a realização de concurso público, o pagamento do mínimo regional e de promoções e progressões.