Colombo cancela, de novo, a Festa da Uva

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Cerca de vinte grandes produtores de uva estão instalados em Colombo.

Por falta de um local adequado, a Prefeitura de Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, decidiu adiar mais uma vez a realização da Festa da Uva. O evento, que já teve 42 edições, completa em 2005 quatro anos consecutivos sem a promoção. Além de ter um caráter cultural -que marca a colonização italiana na região -, a Festa da Uva servia como uma alternativa de escoamento da produção do município.

Até a semana passada o prefeito de Colombo, J. Camargo, confirmava a realização da festa para o final do mês de fevereiro. "A festa ficou desativada por quatro anos, e teve reflexo na produção. Acho importante reativar o evento para dar estímulo aos agricultores, que vêem o evento como uma vitrine para seus produtos", falou. Como o Bosque da Uva, local onde tradicionalmente acontecia a festa, está em reformas, a proposta era levar a promoção para uma comunidade rural ou para a sede do município. No entanto, a proposta não foi aceita pelos produtores, que também acreditam que não há tempo hábil para sua organização.

Artesanal

Cerca de vinte grandes produtores de uva estão instalados em Colombo, e são responsáveis por uma produção que passa de 700 mil quilos da fruta por ano. Grande parte da produção é transformada em vinho – perto de 500 mil litros/ano -, e comercializado de forma artesanal e direta nas propriedades. A produtora Regina Cavalli comenta que dos 100 mil quilos de uva produzidos no ano passado, 90% foram transformados em vinho. "A opção por fazer o vinho é que conseguimos ter produtos o ano todo para atender os consumidores", afirmou. A uva que Regina Cavalli começou a colher nesta semana passará por um período de transformação para o vinho estar pronto para o consumo no mês de agosto.

O produtor Pedrinho Strapasson faz parte da terceira geração de vitivinicultores instalados em Colombo. A produção de 100 mil quilos de uva será transformada em 45 mil litros de vinho, já que o produtor consegue agregar maior valor ao produto. "Antigamente vender a fruta dava mais dinheiro. Hoje isso se inverteu, e as pessoas vem até à propriedade para comprar o vinho", falou. É o caso do casal Maria Teresa e Douglas Martim, que vieram do interior de São Paulo comprar a bebida em Colombo. "Só aqui nós encontramos produtos de qualidade e com bom preço", disse Maria.

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