Chuva revela saibro escondido sob a areia

Cinco meses depois que a Prefeitura de Guaratuba tentou acabar com o problema das poças de água formadas pela chuva, na areia, depositando saibro sobre as mesmas, a mancha vermelha deixada pelo material reapareceu em um trecho da praia, com a ressaca da última quinta-feira (7). À época, a população se revoltou com a medida tomada pela Secretaria de Obras da cidade, que justificou o procedimento como alternativa para absorver a água empoçada na beira do calçadão e evitar erosão. A subida da maré, entretanto, fez com que o material se espalhasse, formando barro no local e incomodando turistas e moradores. O Instituto Ambiental do Paraná (IAP) exigiu a remoção, mas as chuvas da semana passada denunciaram que parte do saibro ainda estava sob a areia.

O IAP considerou inadequada a medida adotada em abril deste ano, principalmente pelo desconforto causado para quem queria usar a praia. O cenário ficou ainda pior quando a maré subiu e puxou a terra para o mar, formando um lamaçal na extensão de areia entre o mar e a calçada. O secretário de Obras de Guaratuba, Marco Antônio Dal?Lin, prometeu que cumpriria as determinações exigidas pelo IAP para retirada do material. O prazo acabou se estendendo consecutivas vezes por conta das altas da maré, que formaram lama nos arredores das poças, dificultando a remoção. Apesar de não ter sido fixada uma data limite para a intervenção total, o IAP prometeu monitorar diariamente as condições da areia para estipular quando o saibro poderia ser retirado e fiscalizar a ação da Prefeitura.

A reclamação dos moradores era que, com o retorno da temporada de chuvas, o material poderia reaparecer. Dal?Lin, no entanto, afirma que durante todos esses meses a Prefeitura fez monitoramento para verificar se o saibro poderia se espalhar pela areia e garante que esse risco nunca mais ocorreu, desde então. ?Ficou estabelecido que não havia necessidade de retirar. O IAP apenas exigiu que acompanhássemos?, disse o secretário. O chefe do IAP em Paranaguá, Reginato Bueno, não foi localizado pela reportagem. 

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