Chuva forte assusta moradores de Curitiba e do Norte Pioneiro

A forte pancada de chuva que caiu ontem à tarde sobre Curitiba, principalmente na zona norte, causou vários estragos. Segundo a Defesa Civil, árvores caíram sobre casas, carros e ruas, e o vento destelhou algumas casas. Houve queda de granizo e ventos estimados entre 50 e 65 quilômetros por hora. Cerca de 30 mil moradores ficaram sem energia elétrica durante uma hora.

A chuva durou apenas alguns minutos na capital, mas o suficiente para causar uma série de estragos. A Defesa Civil atendeu onze ocorrências envolvendo quedas de árvores sobre casas, muros e destelhamentos. Os bairros mais atingidos foram Santa Felicidade, Butiatuvinha e Barreirinha. A prefeitura de Curitiba trabalhou para retirar árvores e galhos de outras dez que caíram na Avenida Manoel Ribas, interditando o trânsito. No local, vários carros foram atingidos e um caminhão ficou parcialmente destruído. Ninguém ficou ferido. A previsão era de que o trânsito voltasse ao normal por volta das 21h.

O temporal também provocou a queda de energia elétrica. Segundo a Companhia Paranaense de Energia (Copel), seis linhas alimentadoras foram desligadas devido às trovoadas e à chuva de granizo. Cerca de 30 mil casas ficaram sem luz durante uma hora. Já as redes de baixa tensão, atingidas de forma pontual, demoraram um pouco mais para serem restabelecidas. De acordo com o Instituto Tecnológico Simepar (Simepar), as pancadas de chuva com ocorrência de queda de granizo e ventos fortes são comuns durante o verão.

Mais estragos

O ano também não começou bem para os moradores da cidade de São José da Boa Vista, no Norte Pioneiro. A chuva forte que atingiu o município na madrugada de domingo fez os rios transbordarem. Cerca de 40 pontes e 900 quilômetros de estradas foram danificadas, 20 casas alagadas, sendo que três delas foram arrastadas pela água. Cerca de 30 pessoas ficaram desabrigadas e a produção de leite foi afetada.

A chuva torrencial que trouxe uma série de prejuízos começou às 3h da madrugada e só parou às 11h. Dentro do perímetro urbano, cinco pontes foram arrastadas pelos rios Pescaria e Água do Pinhal. ?Muita gente perdeu os móveis. Algumas pessoas salvaram um pouco. Tem gente que viajou para passar o Ano Novo e não vai encontrar nada quando voltar?, disse o integrante da Comissão de Defesa Civil da cidade, Luciano Dias.

Os desabrigados foram encaminhados para um prédio da Prefeitura, e a outras pessoas ficaram na casa de parentes. Ontem o serviço de ação social da cidade estava fazendo um levantamento de todos os estragos para ajudar as famílias. Segundo Luciano, a Prefeitura decretou estado de emergência e também ia buscar recursos junto ao governo federal e estadual. 

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