Chocolate para cachorro, a novidade desta Páscoa

Nesta Páscoa, as crianças não serão as únicas a ganhar chocolates. Os cães de estimação não foram esquecidos pelo aposentado Julius Erwin Kaeser, que desde janeiro do ano passado produz e comercializa chocolates preparados especialmente para os clientes caninos.

Há cerca de seis anos, quando trabalhava para uma empresa multinacional, Julius realizou viagens para a Europa e percebeu que nos pet shops de lá os chocolates para cachorro eram considerados comuns. “Notei que no Brasil o produto não existia e, quando me aposentei, resolvi começar a fabricá-lo”, conta.

Com a ajuda de veterinários, o aposentado desenvolveu uma receita própria, na qual não é adicionado cacau nem açúcar. “O chocolate canino se parece muito com o chocolate comum. Tem a mesma cor e o mesmo cheiro”, afirma. “Dispensei o açúcar porque ele pode causar cáries nos animais. Já o cacau, segundo veterinários que consultei, causa prejuízos ao sistema nervoso.”

Os proprietários de cães podem encontrar os chocolates em barras, em formato de ossinho e, durante a Páscoa, de ovinhos. Embalados, o visual dos produtos não fica atrás do visual das guloseimas produzidas para crianças. Porém, em caso de ingestão acidental, Julius garante que os chocolates caninos não causam prejuízo algum ao organismo humano. “As pessoas podem experimentar o chocolate que isso não lhes fará mal algum”, esclarece o aposentado, ao mesmo tempo que saboreia um pequeno ossinho de chocolate. “Muitas vezes, os donos comem biscoitos recheados e outros doces perto dos cães, que passam a pedir o alimento. Com dó, as pessoas acabam dando, o que muitas vezes causa prejuízos à saúde do cão. O chocolate canino não gera qualquer mal, nem ao bicho nem ao dono.”

Em 2003, de março a abril, Julius comercializou 3,5 toneladas do chocolate. Desde o início deste ano, já foram vendidas três toneladas. Em média, um pacote de ovinhos de chocolate canino com 25 gramas é encontrado por R$ 2,20. Além do Paraná, os produtos são vendidos em outros onze estados brasileiros. No ano passado, começaram a ser encontrados em pet shops dos Estados Unidos e da Espanha. “A idéia é, ainda este ano, estender a comercialização para diversos outros países da Europa”. Além de Julius, existe no Brasil um outro comerciante de chocolates para cães. Ele está estabelecido em São Paulo e as receitas de seus produtos são um pouco diferentes.

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