A menos de um mês da Páscoa, artesãos de Curitiba já começam a trabalhar na produção de chocolates caseiros. Em formatos variados, os produtos costumam ser vendidos em feiras, dentro de empresas e levados às casas das pessoas. Acabam sendo uma opção para quem quer fugir do convencional e encontrar um presente com características diferenciadas.
"Procuramos não fazer ovos simples, como os encontrados nos supermercados. Nossos chocolates possuem formatos diferenciados (como minicoelhos, cenouras e corações) e são pintados com anilina. Além de saborosos, tentamos fazê-los com um visual bastante bonito", comenta o psicólogo Hermínio Cunha César Neto, que há quinze anos, quando não está atendendo em seu consultório, trabalha com a esposa na fabricação de chocolates.
A mesma estratégia adota o casal Lia e Waldir Drews Júnior, que tem o artesanato em chocolate como uma tradição de família desde o ano de 1945. Para esta Páscoa, um dos destaques da produção é uma toca de coelhinho, que pode ser recheada tanto com bombons quanto com biscoitos suíços e alemães. "Trabalhamos (com a produção de chocolates, doces e bolos para eventos) o ano inteiro, mas na Páscoa nossa produção aumenta entre 50% e 60%", comentam. "Este ano, chegaremos a contratar entre cinco e sete trabalhadores temporários para nos ajudar".
A produção aumenta e, com ela, os rendimentos dos produtores. A artesã Apolônia Bernadete de Paula conta que, em anos anteriores, chegou a lucrar 100% a mais do que em meses normais. "Há dois anos, cheguei a produzir oitenta quilos de chocolate e meu rendimento foi muito bom", afirma. Apolônia também diz que os chocolates caseiros podem ter preços mais atrativos aos consumidores. "No meu caso, alguns produtos podem custar R$ 25 o quilo".