Centros de urgência estão superlotados

O diretor do Serviço de Urgência e Emergência de Curitiba, Matheos Chomatas, disse ontem que as unidades municipais de emergência estão com dificuldade de absorver a demanda de pacientes, que, segundo ele, cresceu muito após o início da greve dos servidores técnico-administrativos do Hospital de Clínicas (HC) de Curitiba. ?Estamos trabalhando no limite extremo?, diz.

A cidade tem sete Centros Municipais de Urgências Médicas, com um total de 126 leitos. ?Estão todos lotados?, diz o diretor. O hospital tem 643 leitos – com cerca de três mil atendimentos ambulatoriais por dia – e no período de 1.º a 12 de maio realizou 680 internamentos. Porém, no mesmo período deste mês, enquanto os servidores estavam em greve (iniciada dia 28 de maio), foram apenas 264.

Chomatas admite que o sistema emergencial em Curitiba enfrentava dificuldades mesmo antes da greve, especialmente por falta de recursos federais, mas diz que a paralisação do HC evidenciou o problema.

A Secretaria de Estado da Saúde diz que o Hospital do Trabalhador tem atendido normalmente e não teve problemas com o início da greve, pois teria característica diferente do HC – atende emergências, enquanto o segundo é ambulatorial.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral (Sinditest), são mantidos pelo menos 50% do atendimento no hospital e nas áreas emergenciais, quase 100%. Ontem pela manhã, contudo, das 14 vagas de UTI do HC, sete estavam desocupadas. Mas vale ressaltar que a diretoria do HC admite que mesmo sem a greve, não consegue pôr em funcionamento mais de 11 dessas vagas.

Amanhã, deve haver uma reunião do Conselho Universitário da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e uma assembléia dos grevistas para avaliar a mobilização.

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