Capital luta para manter referência em saúde infantil

Vacinar 133 mil crianças contra a poliomielite (paralisia infantil) até o fim da tarde de ontem em Curitiba. Caso essa meta realmente seja cumprida, a capital completará mais um ano sem o aparecimento de casos na doença. Curitiba foi uma das primeiras cidades do pais a erradicar o mal, em 1985. No Paraná não aparecem casos da doença desde 1986. No Brasil, a poliomielite só foi erradicada por completo em 1989.

O prefeito de Curitiba, Cássio Taniguchi (PFL), e o secretário Municipal de Saúde, Michele Caputo Neto, participaram do inicio da campanha nacional em Curitiba. No Posto de Saúde da Barreirinha (zona norte), o prefeito chegou até a vacinar algumas crianças. “Nem sabia que o prefeito estaria aqui”, disse Rosângela Rodrigues, mãe do pequeno Murilo Henrique Rodrigues da Silva, uma das primeiras crianças a ser vacinada por Cássio.

O secretário de Saúde do município explicou que além dos 247 postos de saúde, shopping, terminais de ônibus, escolas e creches estariam servindo como locais de vacinação. “Curitiba é considerada referência em Saúde no Brasil. Tudo fruto de muito trabalho. Há quatro anos, por exemplo, não temos casos de sarampo aqui”, contou Caputo, destacando que o índice de mortalidade infantil da cidade é um dos menores do País, 13,7 por mil nascimentos. O secretário afirmou que no próximo mês serão investidos R$ 300 mil no Hospital de Clínicas (HC) para a criação de mais dez leitos de UTI neonatal e quinze de UTI intermediária para crianças. “Por iniciativa do município estamos também fazendo vacinação contra a hepatite B, fator de risco do câncer de fígado”, lembrou Caputo.

Cássio salientou que, nesta semana, Curitiba foi premiada pelo governo federal por ser uma das 48 cidades brasileiras que melhor desempenharam-se no plano Saúde da Família, com atendimentos em casa. “Temos 105 unidades de saúde, sendo cinco 24 horas. Além de uma no Pinheirinho (zona sul) que está em construção e um projeto para uma no Cajuru (leste). Mas o mais importante é que temos pessoal para atender a comunidade. Recentemente fizemos vários concursos para contratar médicos e demais profissionais da saúde”, contou, lembrando que um centro de especialidades também deve ser construído na região do Tatuquara (sul).

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