Campanha tenta reduzir número de cães nas ruas

A Prefeitura de Curitiba junto com o Conselho Regional de Medicina Veterinária e a Associação de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais vão realizar de 8 a 30 de setembro mais uma campanha de castração de cães. As clínicas que farão as cirurgias a preços abaixo dos de mercado já estão cadastradas. A campanha, realizada pelo terceiro ano consecutivo, é dirigida às famílias com renda de até cinco salários mínimos. O objetivo é controlar o número de cães nas ruas e evitar a transmissão de doenças.

Segundo a Prefeitura, hoje são cerca de 240 mil cachorros na cidade, sendo que metade está nas ruas. No ano passado foram recolhidos 17.800 cães. 69% foram sacrificados, 16% reclamados pelos donos e 8 % adotados. Os animais são sacrificados por monóxido de carbono, informou a diretora de Saúde Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde, Rosana Zappe, de acordo com as normas do Conselho de Medicina Veterinária e o Ministério Saúde. As cirurgias são realizadas com anestesia, por isso os animais devem estar em jejum. Levam de 20 minutos a uma hora. O animal pode voltar para casa no mesmo dia ou no dia seguinte, informou Rosane. As cirurgias que custariam entre R$ 100 e R$ 450 vão custar durante a campanha entre R$ 45 e R$ 90.

Os procedimentos cirúrgicos, que serão realizados de 8 a 30 de setembro, já podem ser agendados pelos proprietários em uma das 20 clínicas veterinárias integradas à campanha.

Preços

A Coordenação de Zoonoses e Vetores da Secretaria Municipal da Saúde recomenda que sejam castrados só cães, machos e fêmeas, por representarem o foco da campanha. A castração de felinos fica a critério da Clínica Veterinária. O preço sugerido para felinos é R$ 40, machos, e R$ 45, fêmeas. Para cães, a tabela proposta é esta: cão pequeno/médio (até 20 kg): R$ 45; cão grande/gigante (a partir de 21 kg): R$ 55; cadela pequena (até 10 kg): R$ 60; cadela média (de 11 a 20 kg): R$ 70; cadela grande (de 21 a 30 kg): R$ 80; cadela gigante (a partir de 31 kg): R$ 90.

Uma alternativa para a castração, no macho, seria a vasectomia, que é segundo o veterinário José Vicente Lopes, um pouco mais cara e que deixa o animal mais agitado pois ele não perde o instinto sexual.

Para a veterinária Silvana Estevan, da Sociedade Protetora do Animais de Curitiba, a campanha é positiva pois é grande o número de animais que são abandonados em frente da sede da sociedade principalmente fêmeas com ninhadas e freqüentemente, todos os filhotes morrem.

Serviço: informações sobre a campanha de castração podem ser obtidas nas unidades de saúde ou na Coordenação de Controle de Zoonoses e Vetores, telefone: 296-1616.

 

CLÍNICAS CADASTRADAS
Clínicas VoluntáriasBairros Telefone
Hospital Veterinário São BernardoCabral 352-2662
Belas Raças Clínica VeterináriaAlto da XV264-418
Clínica Veterinária Dr. Diógenes MarcelloAlto da XV9181-143
Clínica Veterinária São Francisco de AssisCentro 232-9831
Doctor VetSão Lourenço253-3333
Clínica Veterinária PedigreeBigorrilho339-1505
Clínica Veterinária Dog OnlineBigorrilho339-3440
Clínica Veterinária Arca de NoéCampina do Siqueira335-8608
Clínica Veterinária EcovilleMossunguê373-5858
Clínica Veterinária PegadasÁgua Verde329-4165
Clínica Veterinária Elzira Maria LouroRebouças333-6257
Clínica Veterinária Planeta AnimalRebouças332-5155
Clínica Veterinária.comJardim das Américas366-7276
Clínica Veterinária PasteurTarumã365-6898
Clínica Veterinária Força VitalCajuru266-71159996-5180
Clínica Veterinária PinkXaxim275-2006
Cevet – Centro VeterinárioBoqueirão287-3508
Clínica Veterinária Maestro CãoVila Fanny569-0403
Petclin VeterináriaVila Fanny332-7579
Clínica Veterinária Faro FinoPinheirinho347-7987

Fonte: (Sadcanina)

9 mil curitibanos foram mordidos no ano passado

Cães que perambulam pelas ruas representam sérios problemas – do risco de transmissão de doenças a acidentes e agressões. “Omitir-se diante desse quadro é um crime contra a saúde pública”, afirma o secretário Municipal da Saúde, Michele Caputo Neto, ao anunciar a ampliação do serviço de zoonoses da cidade.

Segundo o secretário, está em andamento a construção de um novo Centro de Zoonoses e Vetores, com um complexo cirúrgico ampliado. É a forma de reduzir o número de cães errantes nas ruas – cerca de 120 mil segundo estimativas da secretaria – e o risco de doenças e outros agravos. “É a preocupação da secretaria com a saúde pública e também em minimizar o sofrimento de animais doentes ou em situação de abandono”, afirma Michele.

Os cães de rua, além de transmitirem doenças, podem agredir as pessoas – em 2002 foram 9 mil casos de mordeduras – e provocar acidentes de trânsito. Os animais também costumam espalhar lixo, o que atrai roedores e baratas, além da contaminação do ambiente com urina e fezes.

No ano passado, a Coordenação de Zoonoses e Vetores recebeu 36 mil solicitações de apreensão, uma demonstração da preocupação dos curitibanos com o assunto. Ao longo do ano foram recolhidos 17,8 mil cães – destes, 8,7 mil muito doentes, recolhidos nos próprios domicílios, atendendo a demanda da população. Curitiba, aliás, possui o único serviço do país que busca animais doentes em casa. Estes são sacrificados, o que minimiza o sofrimento dos próprios animais.

Por ano, o serviço de zoonoses da secretaria recolhe em torno de 17 mil cães. A maior demanda do serviço é pela remoção domiciliar, onde em 100% dos casos os animais estão em lastimável estado de saúde.

Diante deste quadro a prefeitura implantou, em 2001, o programa Posse Responsável de Animais de Estimação, premiado no ano passado pela Fundação Getúlio Vargas e Fundação Ford. O programa tem três pilares: ações educativas, desenvolvidas inclusive nas escolas, e incentivo à adoção e à castração.

A apreensão de animais de rua começou a ser feita em Curitiba no início da década de 70, diante do crescimento da população de cães e gatos nas ruas da cidade e o conseqüente aumento de agressões e zoonoses – raiva, que é 100% letal, leptospirose, dermatites e outras doenças. Diante da necessidade de implantar medidas de captura e eliminação desses animais foi criado, em 1972, o Serviço de Apreensão de Animais Errantes em Vias Públicas.

Voltar ao topo