Caminhão destruído

Câmeras de segurança vão ajudar investigação da perícia na tragédia na BR-277

O caminhão envolvido na tragédia na BR-277, que resultou em cinco mortes, foi completamente incinerado, de modo que equipamentos como o sistema de freios e o tacógrafo não podem ser periciados. Com isso, imagens de câmeras de monitoramento da Ecovia, que administra o trecho da rodovia onde o acidente foi registrado, vão ser analisadas para estimar a velocidade em que o veículo trafegava quando ficou sem controle. O laudo deve ser divulgado em até 30 dias.

O grave acidente reacende a discussão sobre o transporte de cargas inflamáveis. De acordo com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), para levar esse tipo de material pelas estradas é preciso autorização específica, considerando o risco que isso representa à saúde e à vida das pessoas. Ainda não há informação se as documentações do caminhão, da carga e da empresa – a Concórdia Logística (ConLog) – estavam em ordem.

O motorista que transporta cargas perigosas, como o etanol, por exemplo, precisa antes passar por um curso especial conhecido como MOPP (Movimentação e Operação de Produtos Perigosos). A capacitação é disciplinada pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Já o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) fiscaliza o licenciamento da estrada e da empresa, mas não o do transporte.