Banco de leite do HC procura doadoras

O banco de leite do Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba, está promovendo uma campanha para incentivar as mulheres à doação de leite. Segundo a enfermeira-chefe do setor, Celestina Bonzanini Graziotin, a meta da campanha vai desde a coleta de leite materno até a divulgação de todo o processo de amamentação.

Por ser um centro de referência em gestão de alto risco e possuir uma das maiores unidades de neonatologia do País (UTI neonatal e de risco médico), com 36 leitos, o HC precisa de uma quantidade bastante grande de leite humano. Hoje são doados aproximadamente 250 litros de leite por mês, que são distribuídos entre bebês prematuros do HC e dos demais hospitais de Curitiba. Só no mês passado, foram atendidos pelo banco de leite setenta bebês internados no próprio Hospital de Clínicas e 112 fora.

O Paraná possui seis bancos de leite em funcionamento que enfrentam as mesmas dificuldades de falta de informação das doadores. “Muitas vezes o leite doado é desprezado, pois na hora de armazenar o produto muitas mulheres cometem erros técnicos de higiene e conservação graves que são evidenciados nas análises realizadas para a garantia de qualidade e segurança às crianças prematuras que irão receber o leite”, afirma Celestina.

O leite humano é considerado, além de alimento, medicamento e a melhor vacina para a recuperação dos recém-nascidos prematuros. O frasco ideal para conservar o leite materno é o de vidro com tampa plástica, como por exemplo as embalagens de maionese.

A mãe que amamenta o filho nos seios além de ajudar a si mesmo também contribui para a saúde do bebê, que desenvolve toda a sua fisiologia de crescimento e ainda corre menos risco de no futuro ter problemas de hipertensão arterial e obesidade. Já para a mãe os benefícios começam com a recuperação mais rápida no pós- parto, pois cada vez que ela amamenta, o útero se contrai comprimindo os vasos sangüíneos, evitando as hemorragias e fortalecendo a musculatura uterina para que órgão volte ao seu tamanho normal. Além disso, as mulheres que amamentam correm menos riscos de terem câncer de mama, de ovários e osteoporose. (Ana Lúcia Alge)