Baixo volume de chuva não alivia situação das barragens

As previsões pouco animadoras do Instituto Tecnológico Simepar quanto ao volume de chuva que atingiria Curitiba e Região Metropolitana se confirmaram. Com um volume total de apenas 4 milímetros (mm), a precipitação não aliviou a precária situação das barragens que servem a população, e a Sanepar já estuda com mais força a possibilidade de o racionamento de água ficar mais severo. O anúncio de mudanças só deve ser feito na segunda-feira, mas os pedidos de economia se intensificam.

O Rio Iguaçu, que passa pela ponte da BR-277, em Curitiba, teve um aumento mínimo na vazão – de 3,88 metros cúbicos por segundo passou a ter 4,60 metros cúbicos por segundo. A média do manancial é de 11,97. Se a situação não está boa no Iguaçu, no Tibagi a situação é ainda mais crítica. Como na região norte do Estado pouco choveu, a vazão do rio continua decrescente. Ontem foi registrada em 28 metros cúbicos por segundo no município de Jataizinho, onde a média é de 399,54. Neste ponto, a menor medição da história desde 1977 foi de 38 metros cúbicos por segundo, o que consolida o recorde negativo. Se por um lado os paranaenses das regiões leste e norte sofrem cada vez mais os reflexos da escassez de chuvas, paranaenses de outras regiões comemoram o reabastecimento dos mananciais que os servem.

Especialmente nas regiões oeste e sudoeste, o volume de chuva foi bem mais expressivo. Em Medianeira, na região oeste, o rodízio no abastecimento foi suspenso em função do aumento do volume de água captada do Rio Alegira, que foi de 63 litros por segundo (l/s).

Na região sudoeste, os municípios que estavam sob a ameaça de entrar em rodízio nos próximos dias eram Saudades do Iguaçu, Chopinzinho, Coronel Vivida, Clevelândia, Capanema, Planalto, Santa Izabel do Oeste e Nova Prata do Iguaçu. As chuvas registradas nos dois últimos dias deram fôlego ao sistema e diminuíram o risco do corte de água. ?Nessa região, os mananciais tiveram 30% de recuperação, o que descarta, por ora, o risco de racionamento?, diz o gerente regional da Sanepar, Gilberto Bonato. Em média, a região recebeu 60 mm de precipitação.

Em outras cidades, como Capanema, Planalto, Santa Izabel do Oeste, Pranchita e Nova Prata do Iguaçu, ainda há risco da Sanepar recorrer ao racionamento, mas ele diminuiu. ?A chuva amenizou a situação, porém não é possível dizer se a recuperação foi suficiente para eliminar o risco do rodízio?, diz Rita Camana, gerente regional da Sanepar em Francisco Beltrão.

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