Audiência vai discutir alteração do nome de Foz

Acontece hoje, às 15h, a audiência pública que vai discutir o polêmico projeto de lei que tramita na Câmara de Vereadores de Foz do Iguaçu, no Oeste do Estado, com a intenção de alterar a grafia do nome do município para Foz do Iguassu.

Segundo o vereador autor do projeto, Djalma Pastorello (PSDB), trata-se de resgate da história da cidade, que em 1914 era conhecida como Distrito Iguassu, passando a ser chamada de Foz do Iguassu em 1918, e conservando essa denominação até início de 1940, quando houve a mudança para a grafia atual.

No marco zero de Curitiba, na praça Tiradentes, ainda hoje é possível observar resquícios desse passado. Lá encontra-se um monumento construído em 1943, em que se observa uma imagem das cataratas e sua antiga denominação: Iguassu.

Para Pastorello, as pessoas que são contrárias ao projeto têm essa opinião por desconhecimento. "A audiência pública pode esclarecer e fazer algumas pessoas mudarem de opinião."

Ele argumenta que quando aconteceu a alteração na década de 40, não houve transtornos para as pessoas. Pastorello explica que como a lei não é retroativa não vai causar problemas. "O resgate vai também acabar com inconvenientes para o turismo, principalmente para o entendimento dos turistas estrangeiros, que conhecem a grafia da cidade com dois "ss"."

O vereador Geraldo Martins (PT), que convocou a consulta pública, é contra o projeto. Para ele, a alteração vai trazer despesas para o município, com mudanças em documentos e placas, e para o aprendizado das crianças. De acordo com Martins, na Academia de Letras de Foz do Iguaçu, por exemplo, somente um membro é a favor.

No entender do presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Foz do Iguaçu, Rolim de Moura, a audiência pública é positiva, porque faz com que a sociedade conheça a proposta e seus prós e contras. "Para nós é positiva, porque facilita o contato com turistas e fornecedores estrangeiros", afirma.

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