Ameaça de greve na Sanepar

A discussão salarial entre a União dos Sindicatos dos Trabalhadores da Sanepar (USTS) e a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), ocorida ontem, na Delegacia Regional do Trabalho (DRT), não evoluiu. A decisão sobre uma possível greve dos trabalhadores ficou para hoje.

O presidente da USTS, Gerti José Nunes, informou que os trabalhadores vão deixar de lado suas atividade para se reunir às 8h em frente à sede da empresa, no bairro Rebouças, em Curitiba. Querem pressionar a Sanepar para que conceda uma reposição salarial de 20%, que corresponde a perdas acumuladas em dez anos. Às 11h, representantes da categoria se reúnem com a direção da empresa e, se mais uma vez não houver avanço nas negociações, prometem iniciar uma paralisação por tempo indeterminado.

A data-base para reajuste salarial da categoria é o mês de março. Os servidores querem repor as perdas acumuladas, mas a Sanepar ofereceu apenas a inflação registrada no último ano: 3,12%. Segundo Gerti, a Sanepar reconhece as perdas, mas teria afirmado que a defasagem ocorreu em governos anteriores e, por isso, não pode responder por essa situação. No entanto, Gerti diz que já se passaram quatro anos e a nova administração teve tempo para resolver o problema.

O piso inicial da categoria é de R$ 675,75. São os funcionários que possuem cargos operacionais, como leituristas e os servidores que fazem o trabalho de tratamento de água e esgoto. A categoria quer que o valor suba para R$ 1.050.

Ontem à tarde eles se concentraram em frente à sede administrativa da Sanepar e, com um carro de som, gritaram palavras de ordem. Depois seguiram para a reunião na DRT, que durou mais de duas horas, sem resultado.

Os servidores já aprovaram o indicativo de greve em assembléia anteriores. Se resolverem cruzarem os braços, a população pode sofrer com a falta de água e ter problemas com leitura das contas, por exemplo.

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