Produtos mais caros

Alta nos preços nos supermercados do Paraná é explicada pela Apras

Foto: Henry Milleo / arquivo Gazeta do Povo.

Para explicar o aumento de preços de alguns produtos durante o período de enfrentamento ao coronavírus, a Associação Paranaense de Supermercados (Apras), divulgou uma nota, nesta sexta-feira (27). De acordo com as informações do comunicado, as altas nos valores estão sendo estabelecidas pelos produtores e indústrias, e também, devido à grande procura dos consumidores.

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Os empresários do setor explicam que a crescente procura por itens dos supermercados fez com que os produtores estabelecessem novos preços, o que afetou em toda a cadeia de produção e distribuição. Eles dizem não estar aumentando suas margens em um momento que consideram crítico para a sociedade.

“As indústrias aumentaram os preços de diversos produtos, como o leite, por exemplo, que chegou a ficar 30% mais caro. O aumento do volume de compras por parte das indústrias, motivado pelo crescimento desenfreado do consumo, acabou fazendo com que os produtores também leiloem seus produtos para as indústrias, que acabam sendo forçadas a pagarem mais caro para garantir a compra”, diz trecho.

Outro ponto que influencia nas altas é a necessidade de maior produção, uma vez que a população está, muitas vezes, consumindo mais do que o habitual e fazendo estoque de alimentos por medo de escassez. O receio da falta de alimento se deve ao enfrentamento à Covid-19.

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“Para atender a alta demanda, é necessário aumentar a produção, o que exige mais turnos de trabalho, compras de última hora de algumas matérias-primas (que também sofreram reajustes), entre outros fatores que aumentam o custo do produto, como a oscilação do dólar. Outro ponto é que as redes supermercadistas vinham trabalhando com grandes negociações, que resultavam na oferta de promoções e descontos aos consumidores”, detalha outra parte da nota.

Para encerrar, a Apras pede a colaboração dos diversos elos da cadeia produtiva para que os preços não continuem subindo.

“Mesmo neste cenário, a Apras pede às indústrias para se engajarem e procurarem trabalhar com margens saudáveis e não abusivas, pois a sociedade precisa da empatia e da solidariedade de todos neste momento. O setor também pede que a população não compre além da necessidade e consuma com consciência, sem estocar alimentos, pois essas atitudes ajudam a manter os preços e evitam o desabastecimento”, finaliza o documento.

Alta na cesta básica

No último dia 18, o Disque Economia, da Prefeitura de Curitiba, divulgou uma pesquisa mostrando que o valor da cesta básica na capital paranaense tinha sofrido um acréscimo de 4,8%. Para se ter uma ideia, no dia 9, quando os primeiros casos de coronavírus tinham sido diagnosticados no Paraná, o preço médio da cesta básica era de R$ 414,26. Após essa data, o custo médio subiu para R$ 434,15, na última pesquisa feita pelo serviço.

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Foram 45 produtos pesquisados em 17 supermercados de Curitiba e, desses, 32 tiveram altas. Alguns dos itens que sofreram aumento de preço foram o papel higiênico, o arroz parboilizado, o feijão carioquinha, o leite longa vida e o café solúvel.