Ação inibe o desmatamento no Paraná

A Operação Angustifólia, desencadeada ontem na região centro-sul do Paraná por equipes da Polícia Federal (PF) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), resultou em uma pessoa presa, uma empresa lacrada e sete autos de infração lavrados. A intenção é identificar desde cortes de araucárias até fornos de carvão que operem de forma irregular.

A operação, que conta com o apoio do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e do Batalhão de Polícia Ambiental Força Verde, vai percorrer 14 municípios, onde deverão ser fiscalizados 145 pontos com possíveis irregularidades ambientais.

Os trabalhos, que devem se estender por duas semanas, envolvem 223 servidores do Ibama e da PF dos estados de Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Paraná e Santa Catarina. Além disso, a operação conta com mais 63 homens do IAP e da Polícia Florestal.

Os trabalhos da operação estão sendo acompanhados de perto pelo secretário de Estado da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazzari, e pelo superintendente da PF no Paraná, Maurício Valeixo. Ambos devem chegar hoje à região da operação.

De acordo com o chefe da comunicação social da PF no Paraná, Marcos Koren, a empresa que foi lacrada em União da Vitória, mantinha madeira sem nota fiscal de origem.

Segundo ele, a primeira prisão aconteceu por conta da ação de um responsável por uma madeireira, que tentou impedir o acesso das equipes ao interior da empresa. De acordo com Koren, as equipes identificaram ainda indícios de exploração irregular de mão de obra.

Desmatamento

De acordo com o último levantamento oficial do Ibama, feito em 2003, das araucárias originais da floresta ombrófila mista do Estado, restam apenas 0,8%. “Esse tipo de floresta é o segundo bioma mais ameaçado no Estado”, diz o superintendente do Ibama, José Álvaro Carneiro.