O secretário da Agricultura, Newton Pohl Ribas, anunciou nesta quarta-feira (19), em Curitiba, que a Secretaria da Agricultura já tomou todas as medidas sanitárias para proteger o Paraná de possíveis focos de febre aftosa registrados no Estado de Mato Grosso do Sul.
A decisão foi anunciada mediante informações preliminares, veiculadas pela imprensa nacional, de que há suspeita de novo foco da doença no Estado vizinho. Ribas afirmou que de acordo com informações da Superintendência do Ministério da Agricultura no Paraná a análise sorológica realizada em 134 animais do município de Japorã-MS (a 25 quilômetros da divisa com o Paraná) indicou sorologia positiva em 22 bovinos.
O secretário lembrou que estão sendo reforçados os trabalhos de vigilância sanitária na divisa com o Mato Grosso do Sul, que já vinham acontecendo desde 10 de outubro, quando o Ministério da Agricultura anunciou a existência de focos naquele Estado. ?As medidas, previstas nos regulamentos de combate à febre aftosa, são aquelas cabíveis a situações de ameaça em regiões de divisa?, disse. ?Entre elas?, explicou Ribas, estão a pulverização dos veículos vindos de Mato Grosso do Sul, além de fiscalização e inspeção. ?Os técnicos do Departamento de Fiscalização (Defis), da Secretaria da Agricultura, e da Empresa Paranaense de Classificação de Produtos (Claspar), estão reforçando todos os procedimentos que já vinham sendo adotados?, lembrou.
Ribas lembrou que a suspeita de ocorrência de novo foco em Mato Grosso do Sul preocupa o Paraná, já que o município de Japorã está próximo da divisa. ?Apesar das informações ainda serem extra-oficiais, já estamos nos mobilizando para proteger da melhor maneira possível as diferentes cadeias produtivas do Estado que, certamente, teriam prejuízos incalculáveis diante de uma nova ameaça de febre aftosa. Por isso, também já estamos solicitando o apoio da Polícia Militar para reforçar a fiscalização em toda a nossa área de divisa com o Mato Grosso do Sul, que se estende da região de Guaíra à de Paranavaí?, afirmou.
Ele ainda ressaltou a importância de que todos os bovinos e bubalinos do Estado sejam vacinados na primeira etapa da Campanha de Vacinação contra a Febre Aftosa de 2006, que acontecerá de 1º a 20 de maio. ?Nosso desafio é vacinar 100% do rebanho paranaense, que chega a 10,2 milhões de cabeças. No ano passado, alcançamos um importante índice vacinal. Agora, queremos superá-lo?, disse.
Na segunda etapa da Campanha, realizada em novembro do ano passado, 97,6% do rebanho do Estado foi vacinado voluntariamente. ?É preciso que todos tenham consciência sobre a importância de vacinar. Só assim, o Paraná vai recuperar o status de área livre de febre aftosa com vacinação. Com isso, o Estado voltará a conquistar mercados e a exportar produtos cuja qualidade é reconhecida internacionalmente. É importante lembrar que vírus não respeita cerca, barreiras e nem divisas. Portanto, o melhor instrumento para combatê-lo é a vacinação?, concluiu.