A mostra itinerante ?Paraná ? Caminhos da História e da Arte?, organizada pela Secretaria da Cultura, segue para Campo Mourão depois de ter permanecido 28 dias em Maringá. A abertura ocorre no próximo sábado (03) no Sesc de Campo Mourão, às 10 horas, com entrada franca. A exposição fica na cidade até o dia 16 de outubro.
A itinerância do projeto irá até outubro de 2006, percorrendo municípios como Toledo, Foz do Iguaçu, Campo Mourão, Guarapuava, Ponta Grossa e Paranaguá, entre outros. O público terá a oportunidade de conhecer o acervo de importantes museus estaduais como o Alfredo Andersen, de Arte Contemporânea, da Imagem e do Som, Oscar Niemeyer, Paranaense, do Mate e Casa João Turin. Objetos, documentos, fotografias e obras de arte representando a história e a produção artística paranaense possibilitam ao visitante conhecer parte da memória do Estado.
O projeto busca a interação da comunidade local e de estudantes dos diversos níveis com a história e a arte paranaenses. A abrangência da exposição possibilita divulgar o patrimônio cultural do Paraná, promovendo a valorização e a divulgação de fatos históricos que levam à disseminação da produção de artistas que fizeram a trajetória das artes plásticas no Estado relacionando-os com a história da ocupação do território.
O Projeto ?Paraná – Caminhos da História e da Arte? traça um perfil nos seguintes períodos:
· Paraná Pré-história – mostra peças arqueológicas e a arte rupestre dos primeiros povos que habitaram nosso território há milhares de anos.
· Paraná Indígena – ressalta os principais grupos indígenas do Estado – guarani, kaingang e xetá – com a mostra de objetos que falam dos usos e costumes desses povos, as atividades de sobrevivência ? caça e pesca, artesanato, cerâmica, tecelagem e cestaria:
· Paraná Comarca – expõe o trabalho dos artistas estrangeiros que transitaram pelo território do Paraná, documentando a vida dos habitantes, e levaram ao resto do mundo as primeiras notícias dessa terra. São obras de Debret, Guilherme Michaud, John Henri Elliot e Hugo Calgan, da primeira metade do século XIX. Entre os objetos da época, estão aqueles que se referem ao 1º e 2º Impérios, Ciclo do Mate, Tropeirismo e Emancipação Política do Paraná.
· Paraná Província e Paraná República – com fatos da segunda metade do século XIX e início do século XX. Após a Emancipação, o Paraná passa por um processo de modernização, impulsionada pela indústria ervamateira. A vida social se organiza, a política se destaca junto ao Império, a educação e as artes proporcionam afluência às informações. Nessa época, em Paranaguá, surge a primeira pintora paranaense, Iria Correa ? que se destaca, expondo seus trabalhos em 1866. Em Curitiba, aparecem as primeiras escolas de arte, com o português Mariano de Lima e o norueguês Alfredo Andersen, considerado o ?Pai da Pintura Paranaense?. Além do trabalho desses artistas, o público poderá apreciar, na exposição, obras de Theodoro De Bona, João Turin, Jaco Paraná e Maria Amélia D`Assumpção. Ainda quanto aos fatos históricos, serão mostrados dados, objetos e documentos sobre a Revolução Federalista (1893/1894), a chegada dos imigrantes, a criação da Junta Comercial do Paraná (1892), a construção da Estrada de Ferro (Curitiba-Paranaguá) e o surgimento da Universidade Federal do Paraná, a primeira do país (1912).
· Paraná Desenvolvimento ? século XX. O desenvolvimento dos meios de comunicação em Curitiba e em outras cidades paranaenses – telefone, rádio e televisão.
A liberação feminina se faz notar já na década de 20, com a mulher conquistando espaços antes destinados somente aos homens.
A produção cafeeira dá ao Estado grande impulso econômico. Surgem novos povoamentos, principalmente no Norte do Paraná.
Nas artes plásticas, o público poderá observar o trabalho dos artistas: Guido Viaro, Poty, Nilo Previdi, Bakun, Helena Wong, Leonor Botteri e Luiz Carlos de Andrade Lima.
Informações: Museu Alfredo Andersen (41) 3222?8262 / Museu Paranaense (41) 3304 ? 3300 / Casa Andrade Muricy (41) 3321 – 4786