No Dia Mundial de Luta Contra Aids, a Secretaria de Estado da Saúde anuncia a reforma do Hospital Oswaldo Cruz, hospital de atendimento a doenças infecto-contagiosas, com predominância em pacientes com Aids. Para o secretário da Saúde, Cláudio Xavier, "as reformas promoverão acolhimento, humanização e cidadania do usuário do Sistema Único de Saúde (SUS)".
As obras da ala "A" de internamento, bem como farmácia, cozinha e lavanderia devem ter início em janeiro. Já está aberto o processo de licitação, tendo como teto máximo R$ 450 mil, além de R$ 135 mil em equipamentos. Atualmente com 31 leitos, a ala passará a contar com 60, sendo dois leitos de enfermaria com câmara negativa para doentes com tuberculose, para promover o isolamento do bacilo da tuberculose.
Aproximadamente 3.500 soropositivos procuram atendimento periodicamente no Hospital Oswaldo Cruz. O diretor do hospital, Roberto Hoffman, explica que "a disponibilidade de mais leitos permitirá o controle mais efetivo das complicações, evitando problemas futuros".
Existe ainda projeto de criação de um ambulatório e unidade materno- infantil para soropositivos, bem como farmácia e radiologia ambulatoriais e laboratório para doentes com tuberculose. Hoffman afirma que o objetivo é "centralizar e facilitar o tratamento do doente soropositivo pelo Estado". O novo ambulatório será construído nas dependências do antigo Lacen e deverá ter seu projeto pronto no próximo ano.
Hospital do Trabalhador
Outro hospital de atendimento a doenças infecto-contagiosas, o Hospital do Trabalhador também passou por reformas. Em setembro, foram inauguradas as novas instalações da unidade de Infectologia do Hospital do Trabalhador. A ala, que atende pacientes de Aids e tuberculose, teve toda a sua estrutura reformada em um período de 60 dias. "O Hospital do Trabalhador é um exemplo de excelência e a inauguração da nova ala é uma prova de que o serviço público pode ser da melhor qualidade", disse Xavier.
Foram investidos no setor R$ 200 mil em infra-estrutura e outros R$ 25 mil no novo mobiliário. A ala oferece 17 leitos, numa área de 300 metros quadrados, e a reforma teve como principal objetivo tornar mais humano o atendimento aos pacientes de aids e tuberculose, que permanecem internados por mais tempo no hospital. Entre as melhorias da nova unidade está um visual mais claro, para ajudar na recuperação dos pacientes. Foi construída inclusive uma área aberta, onde os doentes podem tomar sol.
No ano passado, a unidade de infectologia atendeu 168 casos de Aids e 46 de tuberculose. Durante as obras, a ala funcionou em um local provisório dentro do hospital. Segundo Cláudio Xavier, o Paraná já é modelo no atendimento à Aids e o objetivo da Secretaria é melhorá-lo ainda mais. O HT é administrado pelo Estado e possui convênios com a Universidade Federal do Paraná (UFPR), através da Funpar, e com a secretaria municipal de saúde de Curitiba.