Para Garcia, PSDB gostaria que Lula fosse “mudo”

Brasília – O assessor para Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, reagiu hoje à decisão do PSDB de entrar com uma ação na Justiça contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, alegando que ele fazia campanha eleitoral antecipada, ao falar em rede nacional de rádio e televisão sobre as obras do governo.

"O PSDB gostaria que nós tivéssemos um presidente mudo. Como ele não é nem surdo nem mudo, ele vai continuar falando", declarou. Na avaliação de Garcia, a oposição quer estabelecer um estado de sítio às avessas para impedir Lula de governar, e isso não acontecerá.

"Estão querendo impor um estado de sítio com sinal trocado no Brasil", afirmou. Ele observou que, na suspensão temporária dos direitos e garantias individuais, a ação da oposição é limitada, por meios legais, a determinadas iniciativas. Garcia disse que, agora, os oposicionistas querem determinar os limites da atuação da administração federal por recursos jurídicos. "Este estado de sítio não haverá. O governo vai governar até o último dia, e espero que, depois, governe mais quatro anos", declarou.

"Não vem que não tem", disse. O assessor para Assuntos Internacionais da Presidência da República acrescentou: "A oposição queria que o presidente dissesse: ‘Olha, está tudo mal no País, eu não estou fazendo nada, vou deixar os buracos.’ É o que eles queriam que ele dissesse. Evidente que o presidente não vai ficar parado."

Sobre o processo do partido na Justiça não faz sentido, Garcia respondeu: "O tribunal é que vai julgar." Para o assessor para Assuntos Internacionais da Presidência, "isso faz parte da política", e "estranho seria se a oposição não estivesse cumprindo seu papel de oposição".

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