Palocci critica protecionismo de países ricos

Brasília (AE) – O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, disse hoje (21) que a "eliminação do protecionismo comercial" dos países ricos é mais importante que as doações e a ajuda social que esses países dão às nações subdesenvolvidas e em desenvolvimento. Segundo o ministro, a eliminação dos subsídios não precisa ser imediata, mas é importante que se desencadeie um processo de redução progressiva das medidas de proteção. "Que leve 15 anos, mas, se tivermos perspectivas de redução dos subsídios, já será um grande avanço", afirmou, durante seminário internacional que comemorou dois anos do programa Bolsa-Família.

Em resposta a perguntas da platéia sobre política de criação de emprego formal, Palocci destacou que esse tipo de emprego tem tido uma evolução positiva nos últimos anos, melhor do que a verificada no período do governo anterior. No entender de Palocci, isso pode ser explicado por um melhor ritmo de crescimento econômico – que passou de uma média de 2% para uma de 4% ao ano -, por ações do governo de combate à informalidade e por programas como o microcrédito. O ministro disse também que não é desprezível o potencial de aumento da formalidade do trabalho porque o País ainda apresenta alto índice de informalidade.

Para ele, trabalhar com medidas que chamou de "porta de saída" do programa Bolsa-Família, como o microcrédito, Pronaf e outros programas que precisam ser integrados, pode acelerar o crescimento do emprego formal. O ministro citou também outra medida que pode contribuir para isso, o projeto de Pré-Empresa, que está no Congresso Nacional e facilita a formalização de trabalhadores informais e normalmente beneficiados pelo Bolsa-Família.

O ministro disse que o Tesouro Nacional tem trabalhado para viabilizar novas formas de financiamento dos projetos sociais. No programa Tesouro Direto, no qual as pessoas podem comprar papéis da dívida pública pela internet, existe a opção de doação para programas sociais.

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