Policiais federais de Uberlândia e Curitiba prenderam, no início da noite de ontem (09), o agente federal Antônio Sérgio de Oliveira Cravo, que estava trabalhando na Delegacia de Ribeirão Preto. Cravo é um dos investigados na Operação Lince, iniciada em 23 de junho. Ele é suspeito de peculato e concussão, crimes praticados por funcionários públicos.
Cravo foi transferido para a carceragem da Polícia Federal, em Brasília, onde estão os outros presos. Até agora, foram presos três delegados e três agentes da PF de Ribeirão Preto, investigados por adulteração de combustíveis e roubo e receptação de cargas.
Além da prisão de Cravo, os policiais cumpriram vários mandados de busca e apreensão em residências de outros agentes que estão sob investigação, mas em liberdade, além da casa de um dos delegados detidos. A Assessoria de Imprensa da Procuradoria da República não soube informar na casa de qual delegado foi cumprido o mandado de busca e apreensão.
Cravo ficará preso temporariamente por cinco dias, renováveis por outros cinco. Nesse período, os procuradores deverão oferecer denúncia contra o agente, que seria a 23ª desde o início da Operação Lince.
Os três delegados presos são Wilson Perpétuo, José Bocamino e César Valdemar dos Santos Dias. Os outros dois agentes detidos são Luís Cláudio Santana e Antônio Francisco Pedro Rollo. Também estão presos o advogado Fauzi José Saab Júnior e os assaltantes Jair Dias de Morais e Mário Fogaça – único que está no Paraná, não em Brasília. Roberto Lopes Álvares também foi detido, mas libertado por colaborar com a Justiça após os primeiros depoimentos. Os delegados e agentes negaram, na Justiça, que tenham cometido os crimes de que são acusados.